Ele late para “dizer” que a visita, ou mesmo o ladrão, chegou. Assim também expressa descontentamento e chama para brincar. O latido é um dos modos de um cachorro se comunicar e sua interpretação depende da frequência, da intensidade e do contexto. Aquele que avisa que há algo estranho e perigoso por perto é bem diferente do que “convida” o dono para passear. Latir mais ou menos é uma característica genética de cada raça.
Segundo Caio Mansur, especialista em comportamento canino, o ideal seria os tutores acostumarem seus cães aos mais variados estímulos visuais e sonoros desde filhotes. Mas se o problema se instalou é preciso buscar ajuda antes que os vizinhos queiram a partida do bichinho. O treinamento pode amenizar o quadro, mas deve vir acompanhado de exercícios físicos e desafios mentais diários, enriquecendo o ambiente do cão e o deixando mais tranquilo e equilibrado.
O primeiro passo é o treinador identificar o que causa o latido excessivo para, a partir daí, dessensibilizar o cão por meio de associações positivas. “Começamos com uma distância em que ele ouça ou veja um estímulo e não reaja, para, aos poucos, aproximá-lo e recompensá-lo sempre que não reagir. Com o tempo, aquilo se torna algo inofensivo na mente do cão e ele não late mais”, explica Mansur. Esse treinamento, contudo, deve ser feito por profissionais. “Os sinais que o cão fornece durante o treino têm que ser percebidos rapidamente e aproveitados para se obter um resultado melhor”, alerta.