Na maioria das vezes, dar banho nos pets não é uma tarefa fácil. Mas, no caso dos roedores, essa dificuldade não existe. Em sua maioria, esses animaizinhos fazem a sua própria limpeza, como hamsters, twisters e porquinhos-da-índia. Banhos úmidos não são necessários, a menos que estritamente recomendados por um médico-veterinário especialista.
Esse tipo de higienização pode afetar diretamente a saúde do pet, como explica Pablo Pezoa, especialista em animais silvestres e não convencionais da Zoovet Consultoria. “O banho retira uma barreira natural que eles têm contra agentes patogênicos, deixando-os mais expostos a doenças de pele.”
A regra só não se aplica a poucas espécies, como as chinchilas, que precisam de uma mãozinha para se limpar. Nesse caso, a opção é o banho seco, à base de carbonato de cálcio (conhecido como pó de mármore). Ele deve ser depositado em um recipiente à disposição do roedor, que, por gostar muito do produto, irá naturalmente até ele para se limpar. Depois, o pó deve ser retirado, para que os animais não defequem nele.
OLEOSIDADE Segundo Pablo, o pó tem uma função importante ao tirar a umidade e a oleosidade do pelo do animal. O banho úmido é vetado. “A chinchila apresenta tantos folículos pilosos por área de pele que ela não consegue se secar bem quando é molhada, e isso favorece a proliferação de fungos”, explica. A frequência ideal para o banho seco é de duas a três vezes por semana, sendo optativo para hamsters e gerbilos.
Como a maioria dos roedores se limpa, a gaiola (ou cercado) deve estar sempre bem higienizada, com água em abundância e borrifadas de água misturada com água sanitária, deixando secar naturalmente. A proporção é de uma colher de sopa de água sanitária para cada litro de água. Produtos de limpeza à base de pinho devem ser evitados.