A presidente Dilma Rousseff decretou luto oficial de sete dias em todo o país em homenagem a Oscar Niemeyer. O arquiteto morreu nessa quarta-feira, aos 104 anos, no Rio de Janeiro. O corpo de Oscar Niemeyer chegou no meio da tarde desta quinta-feira ao Palácio do Planalto. Oito cadetes da Polícia Militar do DF subiram a rampa com o caixão. Vestida de preto e acompanhada da esposa do arquiteto, Vera Lúcia Niemeyer, a presidente aguardou no fim da rampa a chegada do corpo. O caixão, coberto pela bandeira do Brasil, foi aberto logo em seguida. A presidente Dilma foi a primeira a ver o corpo e ficou bastante emocionada. O cerimonial do Palácio pediu um minuto de silêncio em homenagem ao arquiteto.
Na noite dessa sexta o governador de Minas, Antônio Anastasia (PSDB), decretou luto no Estado. Em nota, Anastasia lembrou as grandes obras do arquiteto em Minas Gerais, como o complexo da Pampulha e a Cidade Administrativa, sede do governo mineiro. O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), também decretou luto de sete dias na capital. Lacerda classificou Niemeyer como “um dos grandes gênios da humanidade” e “maior representante” da arquitetura brasileira. Ele ainda lembrou que a cidade abriga uma das primeiras grandes obras do arquiteto, o Complexo Arquitetônico da Pampulha. “Os belo-horizontinos sentem-se honrados com o fato de a nossa capital ter sido o berço do trabalho de Oscar Niemeyer, com o Conjunto Arquitetônico da Pampulha”.
Oscar Niemeyer morreu no Hospital Samaritano, em Botafogo, onde estava internado desde o dia 2 de novembro, vítima de complicações renais e desidratação. Por causa de uma infecção respiratória, o arquiteto que estava na unidade intermediária do hospital, ficou sedado e respirando com auxílio de aparelhos. Niemeyer morreu às 21h55. Ele completaria 105 anos no próximo dia 15.
O corpo do arquiteto está sendo velado no Palácio do Planalto, onde deve ficar até às 20hs. Em seguida, será levado para o Rio de Janeiro e velado no Palácio da Cidade. O enterro está marcado para amanhã no Cemitério São João Batista, em Botafogo. -->
Com informações de Renata Mariz e Arthur Paganini do Correio Braziliense