O mandato coletivo da Bancada Feminista, pertencente ao PSOL na Câmara Municipal de São Paulo, propôs conceder o título de Cidadão Paulistano ao jogador Vinicius Junior, também conhecido como Vini Jr, que sofreu ataques racistas no domingo (21/5) durante uma partida do Campeonato Espanhol. A iniciativa foi protocolada e começou a coleta das 37 assinaturas necessárias para aprovar a honraria.
A covereadora Silvia Ferraro elogia o jogador, afirmando que ele tem sido um exemplo dentro e fora dos campos, inspirando jovens atletas e amantes do esporte. Além disso, a Bancada Feminista da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) apresentou um projeto de lei batizado de "Vini Jr.", que visa combater o racismo nos estádios e arenas esportivas do estado de São Paulo.
A proposta determina que as partidas de futebol sejam interrompidas em caso de denúncia ou identificação de atos racistas, sem prejuízo das sanções civis, penais e previstas nas legislações desportivas. Caso as ofensas persistam, a partida deverá ser encerrada. Vinicius Junior se manifestou após ser insultado e chamado de "macaco" no jogo entre Real e Valencia, que foi interrompido pelos árbitros.
A Procuradoria abriu uma investigação por "crime de ódio", categoria penal que engloba crimes raciais na Espanha. Depois de um desentendimento em campo com adversários, Vini Jr foi expulso, porém, na terça-feira (23), a Real Federação Espanhola anulou o cartão vermelho. Assim, o jogador estará apto a jogar na quarta-feira (24) contra o Rayo Vallecano.
A entidade também decidiu fechar a tribuna Mario Kempres no estádio Mestalla por cinco rodadas, de onde partiram a maioria das ofensas racistas, e multou o Valencia em 45 mil euros (aproximadamente R$ 241 mil na cotação atual).