O Santos reportou incidentes de racismo direcionados a dois de seus jogadores, Ângelo e Joaquim, durante uma partida da Copa Sul-Americana na noite de quarta-feira (24) em Rancagua, no Chile, contra o Audax Italiano. De acordo com o clube, os atletas foram alvo de ofensas verbais e gestos que imitavam macacos por parte de torcedores do time oponente. Em publicação no Twitter, o Santos repudiou os atos e destacou que o racismo no futebol precisa ser combatido e punido severamente.
A denúncia do crime foi feita dentro do estádio aos representantes da Conmebol, e o clube aguarda a resposta da entidade a respeito dessa situação inadmissível. Paulo Roberto Falcão, coordenador de Futebol do Santos, exigiu ações mais contundentes, pois, sem punições severas, incidentes como esse continuarão a ocorrer.
Ele lembrou o caso recente envolvendo Vinicius Junior, do Real Madrid, e enfatizou que a responsabilidade pela punição recai sobre as instituições. Falcão ressaltou que os clubes podem reclamar e lamentar, mas seu poder de ação tem limites e é necessário enfrentar o racismo de maneira mais efetiva.
O incidente com os jogadores do Santos ocorreu na mesma semana em que o mundo do futebol exigiu medidas efetivas contra o racismo após o caso envolvendo Vinicius Junior e torcedores do Valencia. Na terça-feira (23), o colombiano Hugo Rodallega, do Independiente Santa Fe, também denunciou ter sido chamado de 'macaco' em partida contra o Gimnasia y Esgrima, de La Plata, na Argentina, pela mesma competição.
Rodallega lamentou a situação e destacou que isso demonstra a falta de evolução da humanidade em relação ao racismo. Ele afirmou que, embora o resultado do jogo não tenha sido afetado, a questão do racismo é cansativa e deve ser combatida com seriedade.