Arboleda, zagueiro equatoriano do São Paulo, relatou à Justiça que suas contas bancárias estão zeradas, impossibilitando o pagamento de suas despesas básicas. Segundo o jogador, isso se deve às várias penhoras sofridas devido a processos nos quais é acusado de dever altas quantias.
A advogada do atleta, Karoline Brandão, afirmou à Justiça que Arboleda se encontra em situação delicada, com sua remuneração comprometida. Ela explicou que as contas do jogador estão bloqueadas e todo dinheiro encontrado é transferido para a conta judicial. As penhoras contra Arboleda já ultrapassam os R$ 6,5 milhões.
A declaração financeira foi feita em um processo no qual a Euro Futs Marketing Esportivo exige o pagamento de uma dívida de aproximadamente R$ 4,9 milhões, incluindo correção monetária e juros. Em 2020, Arboleda contratou a Euro para gerenciar e promover sua carreira. O contrato estabelecia uma multa de R$ 3 milhões em caso de descumprimento das cláusulas.
A Euro alega que Arboleda violou o contrato ao utilizar outro agente para negociar a renovação de seu contrato com o São Paulo, motivo pelo qual a empresa recorreu à Justiça. A defesa do jogador argumenta que não houve descumprimento das cláusulas e que Arboleda rescindiu o contrato devido à falta de serviços prestados pela empresa.
Segundo a defesa, todos os valores previstos no distrato já foram pagos. A Justiça ainda não julgou o mérito do processo. A defesa de Arboleda tentou obter o direito à Justiça gratuita, que isenta pessoas em situação de pobreza do pagamento de custas e despesas processuais.
Considerando os diversos processos enfrentados pelo jogador, as custas são estimadas em cerca de R$ 50 mil. A juíza Lucia Faibicher negou o pedido, declarando que Arboleda, como renomado jogador de futebol com salário expressivo, não pode ser considerado pobre.