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Estado de Minas SELEÇÃO BRASILEIRA

Brasil goleia Guiné com gol de Vini Jr. em amistoso contra racismo

Em ação contra a discriminação racial, Seleção entrou em campo com uniforme preto e goleou a equipe da Guiné por 4 a 1, em partida amistosa na Espanha


18/06/2023 04:00
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Roteiro melhor não haveria. Em amistoso marcado por ações contra o racismo, o atacante Vinícius Júnior – vítima frequente de discriminação racial – fez o último gol e comandou a atuação do Brasil na goleada por 4 a 1 sobre Guiné, ontem, no Cornellà-El Prat, em Barcelona, na Espanha. O estreante Joelinton, Rodrygo e Éder Militão fizeram os outros três para a Seleção Brasileira. No primeiro tempo, Guiné marcou com Guirassy.

O segundo e último jogo do Brasil nesta Data Fifa será contra Senegal. As seleções se enfrentam em amistoso na próxima terça-feira (20/6), às 16h (de Brasília), no Estádio José de Alvalade, em Lisboa, capital de Portugal. A CBF decidiu esperar pelo técnico Carlo Ancelotti. O italiano é o nome favorito da entidade para assumir o comando da Seleção Brasileira. Nos bastidores, a contratação já é dada como certa, segundo a TV Globo.

Ancelotti tem contrato com o Real Madrid até o final de junho de 2024 e já declarou que irá cumpri-lo até o final. Desta forma, a ideia da CBF é esperar o término do vínculo do comandante com o clube espanhol para anunciá-lo.
 
 
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A Seleção Brasileira iniciou a partida usando uniforme preto, em protesto contra os atos discriminatórios praticados em estádios pelo mundo (foto: fotos: Pau BARRENA/AFP)
 
 
O jogo de ontem ficou marcado por uma série de ações contra o racismo. No primeiro tempo, o Brasil jogou com um uniforme todo preto; no segundo, atuou com a tradicional camisa amarela e um patch antirracista. Houve ainda um minuto de silêncio contra o racismo, homenagens a artistas negros e mensagens diversas no telão. Quando a bola rolou, os jogadores se sentaram no gramado em forma de protesto.

O grande protagonista foi o atacante Vinícius Júnior. Camisa 10 da Seleção Brasileira e craque do Real Madrid, o jovem de 22 anos tem sido vítima constante de racismo na Espanha. 

O JOGO 

O Brasil foi a campo com duas novidades: o lateral-esquerdo Ayrton Lucas e o volante Joelinton, que estrearam com a camisa da Seleção. No gol, Alisson foi vetado de última hora por conta de um trauma no dedo mindinho da mão esquerda e deu lugar a Ederson.

Quando a bola rolou, o Brasil teve domínio da posse e das principais oportunidades, mas não encurralou Guiné. As grandes chances não foram tantas, ao contrário do que se poderia imaginar pela diferença técnica entre as equipes. Na primeira grande chegada, Joelinton abriu o placar em rebote de escanteio, aos 26 minutos. Aos 29, Rodrygo ampliou para a Seleção Brasileira e deu indícios do que parecia que se tornaria uma goleada.

Mas Guiné respondeu bem. Começou a tentar incomodar e, em vacilo defensivo do Brasil, Guirassy subiu entre defensores e testou com qualidade para diminuir, aos 35min.

SEGUNDO TEMPO 

Com menos de dois minutos do segundo tempo, o zagueiro Éder Militão cabeceou bem marcou. Ao longo da etapa final, o técnico interino Ramon Menezes aproveitou para dar rodagem ao elenco e testou as entradas de nomes como os meio-campistas Bruno Guimarães e Raphael Veiga. 

No finalzinho, ainda deu tempo de o dono da festa marcar. Em cobrança de pênalti, Vinícius Júnior marcou e decretou a goleada: 4 a 1. Em seguida, saiu para a entrada de Rony e foi ovacionado pelo público.



Racismo em dia de protesto

Antes mesmo de a bola rolar no amistoso entre a Seleção Brasileira e Guiné, mais uma denúncia de racismo foi registrada. Um amigo de Vinícius Jr. relatou ter sido vítima de ofensa racial por parte de um segurança do estádio Cornellà-El Prat, em Barcelona, onde a partida foi realizada.

Felipe Silveira, homem negro, relata que um segurança apontou uma banana para ele, dentro do estádio. Ele tem 27 anos, é amigo de infância de Vinícius Jr. e atualmente é assessor pessoal do craque do Real Madrid. “Mãos para cima. Esta é a minha arma para você”, teria dito o segurança, com uma banana na mão, segundo o canal SporTV. No intervalo do jogo, a transmissão da emissora mostrou que o segurança tinha uma banana no bolso da calça. O nome do acusado não foi divulgado.
 
 
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No segundo tempo, já com a tradicional camisa canarinho, Vini Jr. bateu pênalti e deixou o seu na goleada em cima da Seleção de Guiné
 
 
O amistoso entre a Seleção Brasileira e Guiné teve todo um protocolo alinhado com o combate ao racismo. A equipe brasileira jogou o primeiro tempo com um uniforme inédito, na cor preta. Foi registrado um minuto de silêncio, depois uma contagem regressiva com mãos negras e também jogadores protestando em campo. As ações dialogam com as ofensas racistas que Vinícius Jr. tem sofrido na Espanha, nos jogos do Real Madrid.



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