Jornal Estado de Minas

Sabor e tradição

 

 

A ceia é uma das comemorações mais fortes da tradição natalina, porque reúne em torno de bons pratos a família e amigos. A decoração pode ser requintada ou modesta, mas é importante que represente, na sua composição, a preocupação com a importante data de confraternização e alegria cristã.


Imaginação é o que não falta a Ticha Ribeiro, responsável pela montagem de algumas das mais diferentes e requintadas mesas para as ceias natalinas e outras festas de fim de ano. Ela não pensa duas vezes ao usar objetos e imagens que nem sempre as pessoas avaliam que ficariam legais numa mesa natalina. Mas ela cria com muito gosto e a mesa da ceia, que é uma das tradições mais antigas da data, se transforma em uma lição de decoração. Este ano, trabalharam com ela Flávia Kfouori e Angela Chinaso, que representa a linha de produtos para mês Ma Perle, criados por Ticha. Belas louças, criatividade e luzes criam o clima especial.


A ceia de Natal teve início com um antigo costume dos europeus, que deixavam as casas abertas para receber viajantes e peregrinos e, juntos, confraternizar essa data. Uma grande variedade de pratos era preparada para a comemoração, que remonta ao século 16. Os pratos servidos variam muito de país a país, mas a fartura de comidas e bebidas é o ponto comum da noite que celebra o nascimento de Jesus.

Chegou ao Brasil pelas mãos dos portugueses, tradição que se comprova no cardápio da noite, em que o bacalhau é sempre um dos pratos nobres. Outra tradição que herdamos é a da mesa de frutas, que também não pode faltar. E quanto mais colorida, melhor. Por isso vale apostar em morangos, uvas, ameixas, pêssegos e outras frutas da época.

Árvore sempre verde A árvore de Natal vem de longe, a primeira delas apareceu em Riga, na Letônia, em 1510. Já naquele século, o pinheiro, verde o ano inteiro, simbolizava a perfeição e a vida representava uma homenagem ao Jesus menino. Foi proibida durante alguns anos, mas coube ao criador do protestantismo Martinho Lutero fazer com que revivesse como imagem da fé. Muito provavelmente como desafio às proibições da Igreja Católica.
Mas também ela segue costumes e tem sua lenda: contam que quando Jesus nasceu as árvores de todo o mundo floresceram e revestiram-se de flores nesse dia. Todas, exceto o pinheiro. Sendo o pinheiro uma árvore que não produz flores, tudo o que lhe nasceu foram pinhas que, ao lado das outras árvores, tinha um aspecto muito humilde. Por isso, o pinheiro entristeceu-se e envergonhou-se por não conseguir homenagear o nascimento do Menino Jesus com a mesma beleza das outras árvores. Ouvindo o seu lamento, os anjos apiedaram-se da sua condição e decidiram ajudá-lo. Do céu colheram estrelas e com elas foram-lhe enfeitar os ramos. O pinheiro ficou radiante e brilhou com tanta luz que gente de muito longe avistou o pinheiro iluminado no meio da serra e veio ver o que era aquilo.


Hoje, o papel dos anjos é substituído por profissionais que se dedicam a criar belas e diferentes versões da árvore de Natal. Como ocorre com Luciana Bessa, que há 17 anos decora belos exemplares desse simbolo da época.

Luciana trabalha de forma objetiva, usa tudo que as clientes já têm ou funciona como consultora de compras de itens que sempre traduzem um belo resultado. Só este ano, ela decorou mais de 100 árvores, sempre personalizadas de acordo com o ambiente. E além de ocupar-se no Natal, ela também cria ambientações para todo tipo de comemoração, de batizados a aniversários, de festas que tragam alegria e beleza às famílias.

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