Muitas demandas reprimidas. O cliente e seu negócio carecendo de uma atenção maior e contínua. É o mercado mineiro de comunicação que vive, talvez, a pior crise de sua história. O que levou à criação do Conselho Empresarial de Comunicação, órgão da ACMinas, que ganhou uma revitalização neste segundo semestre de 2019, sempre com a prioridade de suprir os anseios dessa importante cadeia produtiva.E como o mercado recebeu essa notícia? Empresários, executivos de órgãos públicos, jornalistas, publicitários e outros profissionais ligados ao segmento de comunicação não pouparam elogios à retomada do Conselho Empresarial da Comunicação, e seus objetivos.
PAPEL Eduardo Mineiro, vice-presidente da entidade (presidida pelo publicitário Helinho Faria), afirma que o Conselho Empresarial da Comunicação "tem um papel muito importante dentro da cadeia produtiva da comunicação em Minas. Seu principal objetivo é suprir os anseios desse importante segmento produtivo, que emprega mais de 100 mil pessoas e fatura mais de R$2 bilhões.
E acrescenta: "Estamos vivendo um momento importante em nosso Estado, com anúncios recentes de grandes investimentos em novas plantas industriais, e a retomada dos trabalhos pelo Conselho é extremamente oportuno".
Roberto Bastianetto, publicitário e subsecretário de Comunicação do governador Romeu Zema, avalia que "o Conselho de Comunicação da ACMinas é mais um importante instrumento de fomento, regulação, apoio e desenvolvimento da nossa indústria da comunicação". Sua expectativa é de que "o conselho seja célere e atuante, e, com um corpo de conselheiros altamente qualificado, apoio incondicional da ACMinas, possa dar bons frutos e garantir as boas práticas do mercado da comunicação".
O jornalista Teodomiro Braga, com passagem por importantes empresas do setor público e privado, frisa que "o setor de Comunicação em Minas, como de resto em todo o país e em todo o mundo, atravessa uma complexa fase de transição. Isso, em razão do surgimento de novas mídias, que atingem públicos cada vez maiores e abrangentes. E também da crescente participação de gigantes da internet, como o Google, no mercado publicitário".
"No caso de Minas, o quadro torna-se ainda mais difícil quando se considera o impacto dramático, no mercado publicitário, da grave situação financeira do governo do estado, historicamente um dos nossos maiores anunciantes. Diante desse cenário cheio de incertezas e de desafios, o Conselho de Comunicação da ACMinas, sob a batuta do companheiro Helinho Faria, tem um papel fundamental a desempenhar, como fórum de debates sobre os rumos do setor de Comunicação em nosso Estado".
BOA HORA Washington Melo, ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais, ressalta: "Em boa hora a ACMinas tomou a histórica atitude de instalar e pôr em funcionamento o seu Conselho de Comunicação, destinado, principalmente, avaliar, discutir, propor, interferir e valorizar o mercado da Comunicação em nosso Estado". Ele complementa: "Composto por gente influente no setor, escolhida a dedo, sua missão é desafiadora e exigirá coragem e expertise de cada um e de todos os conselheiros. É o que Minas aguarda".
O publicitário e administrador de empresas Sérgio Botelho observa: "Nós, que fazemos parte do Conselho Empresarial de Comunicação da ACMinas, entendemos que o mercado mineiro, hoje, requer que estejamos todos unidos em prol da indústria da comunicação. Para alcançarmos o crescimento dos negócios, e também outros feitos como o de 2013, o Projeto de Lei 4454/2013. Ele prevê que todas as empresas que assinarem protocolos de intenção com vistas a investir em Minas deverão, preferencialmente, contratar serviços do setor de comunicação no Estado, afim de obterem incentivos fiscais".
Já o presidente do Conselho Empresarial de Jovens da ACMinas, Bernardo Almeida explica que "por nove anos estive à frente de uma agência de comunicação, o que me fez sentir na pele as dores e dificuldades que enfrentamos, não apenas enquanto clientes, mas também os anseios de veículos de comunicação e entidades de classe".
"O Conselho de Comunicação vem para ocupar uma lacuna até então vaga, agregando a credibilidade e solidez da Associação Comercial e Empresarial de Minas às suas iniciativas em prol do fortalecimento desse segmento de nossa economia. Um ambiente de negócios mais favorável ao empreendedor e à iniciativa privada, passa invariavelmente pelo aumento do respaldo da categoria", observa.
DEBATES Nestor Oliveira, jornalista e executivo com atuação relevante em empresas da indústria da comunicação, não esconde sua satisfação: "O Conselho de Comunicação Social da ACMinas vem atender aos anseios de uma das atividades mais relevantes da sociedade mineira. E temos a felicidade de vê-lo presidido pelo Hélio Faria. É notória a crise por que passa a economia mineira e nacional nos últimos 10 anos. Decisões políticas e econômicas erradas nos levaram ao lamentável estágio de retrocesso de nosso desenvolvimento".
Nestor destaca: "Involuímos econômica e socialmente. Minas, infelizmente, mais que isto. O contexto geral só não é assustador porque ainda nos resta a esperança de abnegados homens, que continuam na luta. A partir do princípio de que a união faz a força, é natural entender a importância do Conselho de Comunicação da ACMinas. Estudar, pesquisar e debater democraticamente é a melhor forma de buscar saídas".
TRANSIÇÃO Publicitário e jornalista, focado em marketing político e governamental, Régis Souto lembra que "estamos vivendo não só um momento de crise na comunicação, mas também um período de transição onde agências e clientes estão em busca de encontrar a receita para esta nova era. E a importância do Conselho está exatamente no fato de ser um fórum importante para que todos os profissionais e demais envolvidos na comunicação possam debater e encontrar estes novos caminhos. Entendo que, atualmente, ninguém pode ver o outro como um concorrente, mas, sim, como um aliado para enfrentar este difícil momento".
O empresário Ademir Jorge Marinho, o Todi, é diretor presidente da Gráfica 101 e da empresa Todi & Embalagens. Ele é objetivo em sua análise: "A importância do Conselho de Comunicação Empresarial da ACMinas é, sobretudo, suprir uma forte demanda do mercado mineiro. Principalmente, aproximação e união de todos, tornando o mercado mais forte e competitivo. Estamos vivendo um momento muito difícil para economia mineira, e que acho claramente que, juntos, faremos a diferença".
O advogado Wanderley Damasceno Azevedo está intimamente vinculado ao mercado de comunicação mineiro, convivendo diariamente com agências e entidades representativas do segmento. Ele enfatiza que "o Conselho Empresarial de Comunicação, calcado na experiência e representatividade de seus membros, mostra-se como um importante indutor de resultados para o fortalecimento do mercado de Minas Gerais. E tanto na economia como na gestão de resultados e conquista de novos negócios".