As Fashion Weeks de países com pouco reconhecimento no segmento terminaram no último fim de semana, e mostraram que, apesar de estarem fora do circuito comercial, produzem roupas
de qualidade e com muita personalidade, fugindo do conceito comercial europeu.
Pra lá de Marrakesh
Istambul, Dubai, Jacarta, Pequim, Vietnam, Paquistão e Lagos fazem semana de
moda mostrando uma roupa internacional, mas com forte influência cultural
Pouco conhecidos deste lado do Atlântico, os estilistas da Turquia, Indonésia, China, Emirados Árabes, Nigéria e Paquistão mostram que têm estilo e personalidade. Os meses de outubro e novembro foram os escolhidos para a realização das fashion weeks desses países. O que se viu foi uma diversidade de estilos, uma moda com uma forte presença da cultura local, mesclada pela influencia da moda europeia.
Todos os desfiles apresentaram as coleções para primavera verão 2020, e paralelamente, ocorreu um grande movimento da indústria da moda para união de forças, para dar maior visibilidade aos estilistas.
A variedade de tecidos, estampas e modelos que se viu em todas as passarelas só endossa que há muito mais do outro lado do mundo do que se imagina. Durante os eventos compradores internacionais representando renomados varejistas e showrooms de prestígio, incluindo Harvey Nichols, Riadyh Studio, Zeta e Rainbowwawe e muitos outros de diferentes cidades, como Londres, Milão, Varsóvia, Riad e Madri, marcaram presença e tiveram a oportunidade de se familiarizar com as marcas e designers. Isso significa que o mundo da moda está de olho no que estão criando por aquelas bandas.
Istambull Fashion Week está em sua 14ª edição e a Mercedes-Benz Jacarta Fashion Week completou sua 11ª edição provando que é a principal semana de moda na Indonésia. Ela fornece orientação para os profissionais da moda e fornece uma arena de prestígio para mostrar o talento e a criatividade do mundo doméstico da moda. Pequim, Dubai, Lagos, Vietnam e o Paquistão não ficam por baixo.
Tecidos fluidos como a musseline de seda e os mais armados como os brocados, com muito brilho e alguns com bordados sobrepostos dominam as coleções, mas é possível ver o linho e o algodão presente nas coleções dos estilistas nigerianos. Já os chineses abusam dos tecidos tecnológicos. No Pasquitão e no Vietnam as roupas de festa, em sua maioria, são quase um traje típico do país.
Vale ressaltar a grande gama de cores que compõem a cartela de cada estilista, independente de sua nacionalidade. O verão trouxe o vermelho, laranja, amarelo, azul, verde, roxo em tons vivos, associados aos básicos e eternos preto e branco, e o dourado que está presente nas roupas de festa.