Mantendo o compromisso feito quando lançou a coleção outono-inverno 2021, a coleção primavera 2022 é o espelho que a marca Chloé está com o firme propósito de se envolver cada vez mais com a melhoria do impacto ambiental e social do mundo, para que ele seja cada vez mais positivo, preservando cada vez mais o meio ambiente.
Ao longo da coleção, Gabriela Hearst se concentrou e incentivou o desenvolvimento holístico e inovador, com melhorias mensuráveis temporada após temporada. Materiais de menor impacto – que incluem, por exemplo, seda orgânica, cachemere reciclado e deadstock – agora representam 55% da oferta do readdy-to-wear.
Além disso, 15% da coleção está sendo fabricada por membros da WFTO com garantia de comércio justo, Akanjo e Manos del Uruguay. Made51, uma iniciativa criada pela Agência das Nações Unidas para os Refugiados, está embelezando os designs de bolsas. Mulheres refugiadas do Afeganistão que se especializam em bordados tradicionais receberão renda com esse projeto.
“O estado fictício, mas absolutamente delicioso, de estar apaixonado”, diz Gabriela. “Eu não poderia começar esta jornada na Chloé sem que o amor fosse a emoção motora.”
Começando com retratos pré-rafaelitas que retratam representações românticas, a coleção ganhou um significado mais amplo à medida que o movimento Arts and Crafts da virada do século 20 foi resgatado como uma resposta aos efeitos desumanos da Revolução Industrial. Paralelamente, hoje a humanidade está sendo moldada por dois grandes eventos: a crise climática e a revolução digital. A esperança é que um movimento semelhante surja: um neorrenascimento que combina as forças criativas e científicas, para alcançar um resultado de sucesso climático e digital por design e não por padrão. Outra mudança foi na grade, que está bem mais elástica que o usual, atendendo agora ao plus size. Toda essa mudança pode ser vista na produção fotográfica da coleção, que foi feita propositalmente sem um conceito elaborado, apresentando os modelos como material de look book.
BAGS E SAPATOS 80% do couro usado nas bolsas é de baixo impacto, proveniente de curtumes certificados pelo Leather Working Group (LWG). O forro de algodão está gradativamente sendo substituído pelo linho, considerado um tecido de menor impacto. Para as bolsas em tecido denim, a marca está usando sobras de retalhos das coleções anteriores. A maior parte do couro usado nos calçados também vem de curtumes certificados pela LWG. Para a linha Kamy, a Chloé usou jersey deadstock.
O Projeto Denim, desenvolvido em colaboração com Adriano Goldschmied, aborda um item essencial no guarda-roupa de toda mulher, com o objetivo de diminuir o impacto ambiental. É uma das maneiras de a label explorar a circularidade com autenticidade. Esta jornada passará pelas próximas coleções para melhorar cada vez mais seu impacto no futuro. Inspirados nas diretrizes de redesenho de jeans da Ellen MacArthur Foundation, a Chloé trabalhou com durabilidade, reciclagem e rastreabilidade. Tecidos deadstock, lavagem de baixo impacto e eliminação de todos os metais usados no processo. Todos os componentes usados na produção são reciclados.
O empenho da marca francesa em produzir uma roupa cada vez mais sustentável é tão grande que fez questão de buscar matérias-primas de produtos reciclados. O deadstock é um dormant japonês com qualidade vintage selvedge 100% algodão. O denim foi lavado em um processo a laser, que usa menos água. Os botões são orgânicos, feitos de um material à base de plantas. O nylon é com poliester 100% reciclado. A logo da marca foi bordada em fios tencel recicláveis. O bolso embutido é feito de cânhamo de baixo impacto. E fizeram questão de colocar por escrito, em cada peça de jeans: “Em todos os nossos denins utilizamos apenas tecidos de maturação para reaproveitar o que já foi produzido. Em todos os seus componentes, essa vestimenta é reciclável”.
A coleção Circular Denim oferece oito modelagens em duas lavagens que vão de shorts, slim straight, crop cut, crop flare, workwear. Desde que Gaby Aghion abriu a maison Chloé, deu nomes específicos aos produtos. Esta tradição é trazida de volta na coleção Circular Denim, dessa vez com nomes inspirados na natureza, para representar força e durabilidade: Stromboli, Pacata, Semeru, Tambora, etc.