Jornal Estado de Minas
Arte final

Modelo híbrido será o mais usado pelas agências em 2022

O modelo híbrido de trabalho está se consolidando entre as agências de publicidade neste momento pós-pandemia. É o que mostra estudo realizado pelo Sistema Sinapro/Fenapro com 288 agências de 16 estados, mais o Distrito Federal. A pesquisa constatou que o modelo que permite a mescla de dias trabalhados presencialmente nas agências e em casa tomou impulso durante a pandemia e já é o mais adotado atualmente entre as agências brasileiras, e será, em breve, o de maior prevalência no setor de agências de publicidade do Brasil, especialmente a partir de 2022, quando se espera que a pandemia tenha sido devidamente controlada. 

EMPATE TÉCNICO Cerca de 41% das agências entrevistadas pela pesquisa já estão operando hoje no modelo híbrido de trabalho, fato impulsionado especialmente após o avanço da vacinação na maioria da população brasileira e pela flexibilização das regras e condutas impostas pelos governos estaduais durante os meses de pico de contaminação da Covid-19. O modelo de trabalho remoto, amplamente adotado pela maioria das agências a partir do início da pandemia, aparece quase empatado com o modelo presencial, ambos com 29%, de acordo com a pesquisa.

TENDÊNCIA Perguntadas sobre qual o modelo de trabalho que será adotado em definitivo no futuro próximo, á medida que a pandemia for finalmente controlada, 59% das agências responderam afirmativamente para o modelo híbrido, enquanto 33% disseram que, após o término da pandemia, devem voltar ao modelo estritamente presencial, com o trabalho remoto ficando com 8% da preferência das agências entrevistadas. Ainda de acordo com o levantamento, as agências que responderam que vão adotar o presencial ou híbrido, quando perguntadas sobre a previsão de volta, 33% disseram voltar ainda neste ano, enquanto 34% pretendem voltar em 2022. Já 31% das agências entrevistadas não têm previsão ou não pretendem voltar aos escritórios.
 
"Muitas agências perceberam que o trabalho híbrido pode ser interessante tanto para os funcionários, que podem aumentar sua qualidade de vida e o rendimento profissional, quanto para as empresas, que cortaram custos relacionados ao trabalho presencial e encontraram uma forma de sobreviver com o trabalho realizado no modelo remoto. Por isso, o modelo híbrido de trabalho veio para ficar", avalia Daniel Queiroz, presidente da Fenapro.

VARIAÇÕES Os níveis de adesão ao trabalho híbrido, presencial ou remoto variam de acordo com o estado. Nas agências do Distrito Federal (DF), Espírito Santo (ES), Rio Grande do Norte (RN), Minas Gerais (MG) e São Paulo (SP), o trabalho estritamente remoto ainda deverá se manter no futuro próximo, em percentuais que vão de 6%, caso do Espírito Santo, até 13% nas agências de São Paulo, enquanto no Paraná (PR), Rio de Janeiro (RJ) e Santa Catarina (SC) a tendência é que o trabalho remoto não seja mais adotado pelas agências, mas sim o trabalho híbrido.
Por outro lado, observa-se que no Paraná (PR) e em Santa Catarina (SC), o trabalho presencial foi maioria mesmo durante o período de pandemia, em índices de 35% e 58%, respectivamente, e deve permanecer assim.
 
Em Minas Gerais, a pesquisa ouviu 42 agências, e os seguintes resultados para o modelo adaptado atualmente: Híbrido, 48%; Remoto, 33%; e Presencial, 19%. Qual modelo será adotado em definitivo?: Híbrido, 71%, Presencial, 22%; e Remoto, 7%.
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