Jornal Estado de Minas
Moda

Esporte em alta, preços exorbitantes

 
O verão 2022 começou com Charlotte Casiragi entrando a cavalo no desfile da Chanel, o que deixou a internet em frenesi. Estima-se que o tamanho do mercado global de vestuário equestre cresça em US$ 7,6 bilhões até 2025. Os principais fatores que impulsionam o avanço desse mercado são o aumento da renda disponível e a crescente demanda por esportes de equitação entre os millennials.
A talentosa saltadora, jogadora de polo e modelo Rileigh Tibbott, nascida em Ebensburg, Pensilvânia (USA), se apaixonou por cavalos quando criança e apenas cavalgava por diversão. Hoje, o hipismo faz parte do seu dia a dia, com muitas vitórias em grandes prêmios internacionais. Ela também é treinadora de equitação na Flórida.
 
- Foto: Divulgação 
 
Por aqui não é diferente. As escolas de equitação da cidade, como Cepel, Chevals, Alphaville Equestrian School, Corumi, RT, VHRG, Santa Esmeralda, Centro Hipo Lagoa Santa, Polícia Militar e muitas outras, estão cheias de crianças, adolescentes e jovens aprendendo o esporte, e participando de pequenas competições nos fins de semana e campeonatos mineiros que chegam a ter, fácil, mais de 300 competidores.
 
- Foto: Divulgação 
 
Infelizmente, trata-se de um esporte caro, e os donos de haras e de escolas não facilitam, aumentando os preços tanto das aulas quando do transporte e dos instrutores. Isso acaba limitando a afunilando ainda mais a participação, que vinha em um crescente que sinalizava um cenário muito positivo para o hipismo.
 
- Foto: Divulgação 
 
Outro fator que dificulta são os altos preços das roupas equestres, que restringem o crescimento do mercado global, que como falamos acima, está avançando. “Os designers são muitas vezes inspirados no mundo equestre”, completa Rileigh.
 
- Foto: Divulgação 
 
Profissionais como Kenzo, Tommy Hilfiger e Givenchy mostraram chapéus feitos de capacetes de montaria, levando essa tendência equestre para a linha.
Mocassins Gucci Horsebit, polos Ralph Lauren e quase tudo da Hermés. Como a escolha do capacete de equitação pode ser apenas para os mais ousados, você pode querer experimentar botas altas ou outros acessórios, como as gravatas de Jonathan Saunders.
 
“Minhas peças favoritas têm um pensamento por trás de cada escolha, conforto e segurança, já que esse esporte exige tanto trabalho dos meus cavalos quanto de mim”, afirma Tibbott. Nos esportes equestres, o cavaleiro e o animal trabalham juntos. São os dois que geram resultados, sendo 70% dependentes do animal e 30% do atleta.
 
Abra o armário de Tibbott e você certamente encontrará: Capacete de Kask – Depois de uma queda séria, em 2019, Rileigh tornou-se ainda mais criteriosa e Kask é a marca com as melhores medidas de segurança, mesmo que o preço não seja para todos os bolsos: de US$ 2 mil a US$ 3 mil o capacete. Eles são os mais bonitos e confiáveis. Brasileiras, não se desesperem, temos ótimos capacetes, seguros, apartir de R$ 350 até R$ 1.450.
 
Boots Vogel: empresa sediada em Nova York, especializada em moda e calçados equestres. Um par de botas personalizadas custa, em média, US$ 2,5 mil.
Bota sempre é um item mais caro. Existem as de borracha e couro fake, mas estamos falando aqui de couro legítimo. É possível encontrar uma boa bota na faixa de R$ 650 a R$ 1.600.
 
Selim Bruno Delgrange: empresa francesa que se destaca pela qualidade nos detalhes. Uma sela personalizada média custa cerca de US$ 8 mil. Free Ride Equestrian: calças e camisas que utiliza durante a competição.
 
“O mundo equestre é mais que apenas usar collants e botas compridas, é um modo de vida. Os animais têm uma taxa de manutenção em torno de US$ 2,5 mil por mês, que inclui alimentação, veterinário, coudelaria, ferradura e outras despesas”, comenta a atleta/modelo. 
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