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Estado de Minas Lançamento

História de sucesso e inovação

O mineiro Martielo Toledo assina coleção que comemora os 150 anos da Cedro Textil


29/05/2022 04:00

Modelos e o lago
(foto: Gustavo Marx/divulgação)


Uma indústria com um século e meio de experiência e um olhar para o futuro bastante aguçado, fruto de anos de pioneirismo e estreita relação com a moda. É assim, unindo extensa pesquisa internacional com a escuta das necessidades mais básicas de seus clientes no Brasil e América Latina, que a Cedro Têxtil chega ao seu primeiro lançamento jeanswear do ano: a coleção Essência. Os novos artigos foram apresentados semana passada no lounge da marca, no Brás, em São Paulo, em um editorial sofisticado que propõe a reconexão com o mundo natural. Mas o grande impacto para os visitantes foi a coleção exclusiva, futurista e com forte apelo de moda criada pelo renomado estilista mineiro Martielo Toledo.
 
Na Montanha
(foto: Gustavo Marx/divulgação)
 
 
Segundo Eduardo Paixão, gerente de estilo da Cedro, a coleção Essência reflete com bastante sensibilidade as mudanças que nos impactaram nos últimos anos. “Vivemos um momento de intensa relação com o virtual, mas sedentos pelo retorno ao simples e ao natural. Sabemos que, hoje, se desconectar é quase impossível. Então propomos a convivência saudável entre o espaço que nos rodeia e nossa persona virtual. Dessa forma, nossa coleção traz o sonho da liberdade e nossa conexão com a terra, para o mundo imaterial, onde as possibilidades são infinitas. Trazemos a pluralidade humana, vestida no que há de mais democrático na moda: o denim. E propomos que todos respirem fundo, coloquem a imaginação pra voar, e que, antes de tudo, saibamos equilibrar o que somos de verdade, nossa essência, com o que o mundo exige de nós”, explica.
 
Calça e bota
(foto: Gustavo Marx/divulgação)
 
 
A apresentação da nova coleção foi durante a semana de lançamentos da indústria têxtil, que movimentou a capital paulista com o que será tendência em denim daqui a um ano e meio. Isso porque as tecelagens, como ponta da cadeia produtiva de moda, são as primeiras responsáveis por entender as demandas da sociedade e propor a linguagem de moda que dominará as passarelas das principais grifes que trabalham com a moda jeans. A paleta de cores é mais outonal, as modelagens são simples porém sofisticadas, com o naturalismo dominando os aspectos imagéticos. Tudo planejado pela equipe de estilo para inspirar e dar informações de moda de qualidade a clientes de todos os portes.
 
Jeans
(foto: Gustavo Marx/divulgação)
 
 
“Nossa equipe de estilo atua como uma consultoria de moda completa. Estamos sempre em contato com nossos clientes, ouvindo, orientando e inspirando com um mostruário de mais de 2 mil peças desenhadas para levar propostas de modelagens, lavagens e aviamentos às confecções”, explica Joanna Carrara, gerente de marketing da Cedro Têxtil. No evento, além dos novos produtos, cinco lavanderias parceiras estiveram presentes e apresentaram as possibilidades de aplicação nos novos produtos.
 
Blusa Jeans
(foto: Gustavo Marx/divulgação)
 
 
O estilista e designer Martielo Toledo criou uma coleção cápsula exclusiva para comemorar os 150 anos da Cedro Têxtil. As peças foram expostas no lounge para servir de inspiração conceitual para os clientes da companhia.
 
Martielo, que nos últimos anos tem atuado como diretor criativo da saga de ficção científica sci-fi Punk Projects, uma multiplataforma que une moda, HQ, música, arte e tecnologia, trouxe todo o seu repertório futurista para as peças criadas nessa collab com a Cedro. Segundo ele, uma forma de apontar uma direção em relação aos avanços em denim, sarjas e demais produtos têxteis com os quais a Cedro ainda pode surpreender seus clientes nos próximos anos.
 
“Minha inspiração foi o meu próprio universo da ficção científica, através da minha saga sci-fi Punk Projects. Quis recriar o figurino dos meus personagens com uma linguagem que misturou referências de streetwear, utilitarismo, games, metaverso e futurismo. Como sou um colaborador da Cedro de longa data, conheço de perto a gama dos produtos na linha de jeanswear. Fiquei muito feliz de participar desse momento tão icônico de comemoração dos 150 anos da tecelagem”, finaliza o estilista.

LANÇAMENTOS Os produtos lançados foram: Fraser; família superelastic, com ótimo potencial de stretch (50 a 60%). 97% CO – 3% PUE; aspecto flat, tingimento novo que resulta em um azul vivo e intenso. Nebraska; 100% CO com 1,76 de largura. Tingimento puro índigo com intensidade e brilho. Aspecto visual sarjado e pesado. Ideal para todos os públicos. Key Pop; cetim 97% CO – 3% PUE, da família superelastic. Potencial de stretch 55 a 65, possibilitando a criação de peças ajustadas ao corpo e com muito conforto. Tingimento azul mais fechado. Campbell; 98% CO – 2% PUE. Peso: 9,3oz. Artigo da linha colour altamente sarjado, transmitindo uma aparência de tecido pesado.
 
Potencial stretch ideal para dar conforto às peças. Disponível em cores comerciais e fashionistas. Mai; artigo nobre da linha color e família elastic. 98% CO – 2% PUE. Aspecto visual flat, sem flamê e com ótimo toque. Rock; artigo 100% CO, com 9,7oz. Aspecto visual sarjado. Sua largura de 1,70 possibilita a criação de peças para todos os públicos. Disponível em cores comerciais e fashionistas.
 
Superação e tradição 
 
A mineira Companhia de Fiação e Tecidos Cedro, hoje, Cedro Têxtil, é uma das principais empresas têxteis do país. Fundada em 1872 pelos irmãos Bernardo, Antônio e Cândido Mascarenhas, com capital 100% brasileiro, atualmente tem capacidade de produção de 168 milhões de metros quadrados de tecidos por ano. Foi a primeira tecelagem do país, e seus panos vestiam escravos. Hoje, seu diretor-presidente (CEO) é Marco Antônio Branquinho Júnior, e o Conselho de Administração tem como presidente Fabiano Soares Nogueira.
 
Em 1883, selou a primeira fusão industrial no Brasil, de forma inovadora: duas alas da família uniram suas empresas, a Cedro e a Cachoeira, nascendo assim a Companhia de Fiação Cedro Cachoeira e trazendo novidades para a época. Uma delas foi o "acordo de acionistas", no qual o peso do voto era equivalente para todos os acionistas com mais de 5% do capital. O pensamento moderno permitiu à empresa atravessar a abolição dos escravos, a Proclamação da República e as duas grandes guerra mundiais, chegando onde está hoje.
 
Ao longo desses 150 anos, a Cedro passou pelas mais diversas crises econômicas, mudanças de moeda e de regime de governo. A Cedro produz denim – tecido das calças jeans –, brins, sarjas e telas, que compõem o mix tanto na linha moda quanto na linha profissional e nos tecidos técnicos.
Sempre atentos a alcançar excelência na qualidade dos produtos, a expansão do parque fabril sempre esteve como um dos principais itens da empresa, que mantém uma política fundamentada em tradição, grande versatilidade e alta tecnologia.
 
Sediada em Belo Horizonte, a empresa gera cerca de três mil postos de trabalho, nas quatro fábricas localizadas em Sete Lagoas, Caetanópolis e Pirapora. A Central de Distribuição fica em Contagem. Contando com cerca de 3,7 mil colaboradores, a Cedro é a única indústria têxtil brasileira com alta capacidade produtiva nas linhas denim, colours (sarjas) e profissional, setor onde é maior indústria fornecedora do Brasil para os segmentos de uniformização industrial, serviços, administrativo, saúde, alimentação, segurança pública e áreas que necessitem de tecidos com acabamentos especiais. No setor de confecção de moda, especialmente no segmento jeanswear, a Cedro se posiciona entre as três principais indústrias do país, com capacidade instalada de 6 milhões de metros/mês.
 
Detentora das certificações ISO 9001 e ISO 14001, a Cedro investe constantemente em ações e equipamentos que minimizam ao máximo os impactos ambientais que possam ser causados no processo produtivo, além de manter grupos de voluntários em suas unidades com o objetivo de promover atividades de cunho social nas regiões onde atua. Além de ser mantenedora de uma reserva ecológica na Serra do Cipó, em Minas Gerais, a Cedro também mantém o Museu Têxtil Décio Mascarenhas, um dos únicos do país voltados para o resgate da memória do setor têxtil brasileiro, que se confunde com a própria história da tecelagem mineira. 


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