Wagner Penna
Com os acessórios ganhando maior importância no portfólio das grandes marcas internacionais, as bolsas transformaram-se em objeto de desejo da maioria das consumidoras ao redor do mundo. Uma aspiração fashion que vem de longa data, mas aumentou seu impulso quando as diversas linhas de bolsas da Dior, Hermès, Louis Vuitton, Gucci, Prada & similares conquistaram as celebs – e despertaram o desejo das fashionistas.
Nessa disputa, a produção local recorreu ao diferencial da cultura de cada lugar para conquistar o mercado. A crise da pandemia acelerou esse processo. Em Minas, uma marca de bolsas bacanas que tem essa pegada artesanal, é a grife Maini – cujas peças usam o crochê e bordados como base de suas criações. O plus do seu trabalho é que ele vem agregado com refinamento e acabamento pouco vistos nesse nicho de moda.
CROCHÊ & BORDADOS A história dessas construções refinadas não é de agora. Tudo começou com a Simone Maini, que aprendeu técnicas antigas de crochê e bordados e desenvolveu novas ideias para criar objetos com esses estilos de trabalhos, porém com design renovado. Quando veio a pandemia, sua filha, Samara Maini, passou a integrar a equipe do ateliê para ajudar nas tarefas de ampliação de produtos, busca de novos mercados e uma divulgação mais focada na consumidora que surgiu a partir desse momento no país.
O diferencial das suas bolsas fez o restante. Para ampliar o mix de consumidoras, além do crochê e do bordado, acrescentaram outros elementos (sempre naturais) para diversificar a oferta. Assim, surgiram as bolsas que também tem detalhes em madeira nobre, palha indiana, fios de alta qualidade, pedrarias sustentáveis – e várias outras assinaturas fashion e ecofashion. Uma delas, recorrer às técnicas mais elaboradas nas tramas e na composição de fios e cores – algo único e sedutor dos seus produtos.
Com tudo isso, as clientes acabaram virando também seguidoras e, estão fidelizadas, em sua maioria, com acompanhamento permanente de todos os lançamentos de suas coleções cápsula.
COLEÇÕES EXCLUSIVAS A opção por coleções menores e mais frequentes, é uma das estratégias para fugir da produção massificada e privilegiar a oferta mais exclusiva que caracteriza a marca. Samara explica que acompanha as tendências dos grandes lançamentos mundiais, e mudou o ritmo da linha criativa, pois a globalização da moda com as novidades chegando em tempo real tornou o see now by now necessário.
A estilista e empresária busca a adaptação com os recursos regionais, mas sempre priorizando algo que tenha uma identidade, uma assinatura da cultura local e das soluções fashion que essas técnicas permitem. A convergência desses elementos com um design cosmopolita e mais sofisticado, resulta em coleções onde ‘bolsas atemporais e exclusivas, feitas à mão, agregam valor ao look das nossas usuárias’ acrescenta.
Um ponto essencial é a escolha das cores, que obedece não apenas as tendências da moda, mas, também, o próprio gosto das consumidoras brasileiras, sempre em tonalidades variadas e uma graduação cromática elegante e moderna.
Na nova fase das bolsas Maini estão os planos de expansão, porém dentro de um patamar onde o artesanal jamais seja abandonado. “É nossa riqueza”, finaliza Samara.
Atualmente as bolsas são vendidas em apenas dois pontos de Belo Horizonte (na Atmo e na Amor de Mãe) e, também, pelo e-commerce @maini.store.