A Polícia Civil apresentou nesta sexta-feira o traficante de drogas Roni Peixoto de Souza, 36 anos, que foi preso novamente na quinta-feira com 460 quilos de maconha. Conhecido como um dos maiores traficantes do estado, Peixoto chegou a ser considerado o braço direito de Fernandinho Beira-Mar em Minas. Ele cumpria pena na Penitenciária José Maria Alkimim, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, mas gozava do beneficio de saídas temporária.
O traficante foi preso junto com a irmã, Eliana Peixoto de Souza e outros dois homens - Renato Batista de Andrade e João Eduardo Rodrigues Neto, ex-cabo da Polícia Militar - em uma casa no bairro Jardim Alvorada. Com eles foram apreendidos veículos, um revólver calibre 38 uma balança digital, dois rádios comunicadores, e uma réplica de pistola.
Peixoto foi condenado em 1997 a 12 anos e cinco meses de prisão por tráfico de drogas. A ligação com Beira-Mar teria se intensificado quando o traficante do Rio de Janeiro esteve preso Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp), em Belo Horizonte, de onde fugiu pela porta da frente ao, supostamente, subornar agentes.
Peixoto conseguiu o direito à saída temporária no último dia 9. De acordo com o documento expedido pela juíza Simone Andrea Silva, ele poderia ficar fora do presídio para trabalhar das 6h às 19h. "Conforme as investigações, tudo leva a crer que esse horário era usado para a prática de tráfico de drogas", disse chefe da Divisão de Tóxicos, Vanderson Gomes. A defesa de Roni alegou que ele trabalhava como representante comercial.