O conjunto habitacional Granja de Freitas 4, na Região Leste da capital, construído em 2004 pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) para abrigar famílias sem-teto ou retiradas de áreas de risco, estaria sendo usado como esconderijo por traficantes, com algumas moradias vendidas sem autorização do município. As denúncias levaram a Polícia Militar e PBH a unir forças numa operação com mais de 200 homens, na manhã de ontem. Apesar de a PM não localizar suspeitos, armas ou drogas, foram distribuídos folhetos recomendando aos moradores fazer denúncias pelo telefone 181. A Regional Centro-Sul também começou a recadastrar 100 famílias do local, para evitar o repasse das moradias. A Cemig aproveitou a presença da PM para atender reclamações de iluminação pública danificada, providenciando o conserto.
Segundo o 22º Batalhão da PM, casas do conjunto estariam sendo usadas como boca-de-fumo. Pessoas armadas estariam acobertando traficantes de outros aglomerados, como o Morro das Pedras, Cafezal e Ventosa. “Algumas famílias estariam sendo obrigadas a guardar armas e drogas e acobertar traficantes que nem conhecem em suas casas. O objetivo era prender um traficante, conhecido como Nonô, acusado de matar três pessoas na Granja de Freitas, somente este ano”, disse um militar. Moradores evitam comentar a violência, com medo da reação dos traficantes. “A gente não pode falar nada, não, moço. Até de conversar com o senhor, já estou correndo risco”, justificou uma senhora, se afastando às pressas.
O servente de pedreiro Luciano Márcio dos Passos, de 30 anos, funcionário terceirizado da prefeitura, mora no Granja de Freitas 4 e montou um trailer de sanduíche num espaço público, sem licença de funcionamento. Ele ainda fez uma cobertura para abrigar uma mesa de sinuca e máquina de som, mas tudo foi apreendido e a cobertura, demolida. De acordo com o capitão Fabrízio Duílio, do 22º BPM, foram obtidos 100 mandados de busca e apreensão, para todas as residências e mobilizados 150 militares e 50 fiscais da prefeitura e da Cemig.
O gerente de regulação urbana da Regional Centro-Sul, William Nogueira, conta que recebeu denúncia de venda e aluguel dos imóveis do Granja de Freitas 4, o que é ilegal. “Essa fiscalização será estendida a outros conjuntos habitacionais municipais. Vamos garantir que as moradias populares sejam ocupadas de forma legal. Estamos recadastrando todas as famílias para verificar a listagem original daqueles que foram transferidos para o local. Os que não forem cadastrados poderão ser retirados, cedendo os imóveis a famílias necessitadas”, alerta.
A presença da PM no conjunto foi aprovada por alguns moradores, como o servente Luciano dos Passos, que ganhou uma casa há quatro anos. “A gente sempre precisou de segurança. Há 15 dias, dois desconhecidos foram trazidos para o Granja de Freitas e assassinados”, disse o servente, que está fundando uma associação de moradores para pedir mais segurança e melhorias para o conjunto. (PF)
Segundo o 22º Batalhão da PM, casas do conjunto estariam sendo usadas como boca-de-fumo. Pessoas armadas estariam acobertando traficantes de outros aglomerados, como o Morro das Pedras, Cafezal e Ventosa. “Algumas famílias estariam sendo obrigadas a guardar armas e drogas e acobertar traficantes que nem conhecem em suas casas. O objetivo era prender um traficante, conhecido como Nonô, acusado de matar três pessoas na Granja de Freitas, somente este ano”, disse um militar. Moradores evitam comentar a violência, com medo da reação dos traficantes. “A gente não pode falar nada, não, moço. Até de conversar com o senhor, já estou correndo risco”, justificou uma senhora, se afastando às pressas.
O servente de pedreiro Luciano Márcio dos Passos, de 30 anos, funcionário terceirizado da prefeitura, mora no Granja de Freitas 4 e montou um trailer de sanduíche num espaço público, sem licença de funcionamento. Ele ainda fez uma cobertura para abrigar uma mesa de sinuca e máquina de som, mas tudo foi apreendido e a cobertura, demolida. De acordo com o capitão Fabrízio Duílio, do 22º BPM, foram obtidos 100 mandados de busca e apreensão, para todas as residências e mobilizados 150 militares e 50 fiscais da prefeitura e da Cemig.
O gerente de regulação urbana da Regional Centro-Sul, William Nogueira, conta que recebeu denúncia de venda e aluguel dos imóveis do Granja de Freitas 4, o que é ilegal. “Essa fiscalização será estendida a outros conjuntos habitacionais municipais. Vamos garantir que as moradias populares sejam ocupadas de forma legal. Estamos recadastrando todas as famílias para verificar a listagem original daqueles que foram transferidos para o local. Os que não forem cadastrados poderão ser retirados, cedendo os imóveis a famílias necessitadas”, alerta.
A presença da PM no conjunto foi aprovada por alguns moradores, como o servente Luciano dos Passos, que ganhou uma casa há quatro anos. “A gente sempre precisou de segurança. Há 15 dias, dois desconhecidos foram trazidos para o Granja de Freitas e assassinados”, disse o servente, que está fundando uma associação de moradores para pedir mais segurança e melhorias para o conjunto. (PF)