Jornal Estado de Minas

Minas prevê vacinação de 167 mil crianças contra paralisia infantil

 

Cerca de 167 mil crianças com menos de cinco anos devem ter sido imunizadas, neste sábado, na segunda etapa da campanha nacional de vacinação contra a paralisia infantil. A abertura da mobilização em Belo Horizonte ocorreu no centro esportivo do Bairro Milionários, no Barreiro. O secretário Municipal de Saúde, Marcelo Teixeira, ressaltou a importância da ação: “A poliomielite é uma doença grave. O vírus ainda circula em vários países da África e da Ásia. Teremos a Copa do Mundo, já há várias delegações vindo a BH e não podemos descuidar. A medida de proteção é a vacinação”, disse Teixeira.



Os 147 centros de saúde funcionarão até as 17h. O serviço também está sendo oferecido em 275 unidades volantes, como farmácias, supermercados e praças. No Milionários, pais e filhos se divertem com apresentações culturais, atividades esportivas e recreativas. A pedagoga Marília França de Souza Santos, de 42 anos, exibiu com orgulho o cartão de Lucca, de 2 anos e 7 meses, todo em dia. "É a saúde do meu filho que está em jogo", disse.

Confira as imagens da campanha de vacinação

O pequeno Gabriel Fernando, de 4 anos, saiu todo sorridente. E não é para menos. Ele tem em casa exemplo para, desde pequeno, saber a importância da ação. A mãe dele, Vânia Lúcia Santos Santana, de 37, é agente comunitária de saúde. “Fazemos um trabalho de busca ativa nas casas e observamos sempre se o cartão está em dia. É a forma mais eficaz de proteção a doenças”, diz. O garoto Guilherme Araújo Garcia, de 4, mal esperou tomar a gotinha tamanha era a ansiedade para brincar. Mas a mãe dele, a dona de casa Gisele Martins de Araújo, de 29, cumpriu primeiro a obrigação: "Um irmão teve paralisia infantil, mesmo depois de se vacinar e sei que, infelizmente, é uma sequela irreversível". A vacina contra a pólio tem 95% de eficácia e 5% das pessoas não respondem à proteção.

O Brasil recebeu o certificado de erradicação da poliomielite em 1994. O último caso no país foi registrado na cidade de Sousa (PB), em 1989. Os últimos casos registrados em BH e Minas Gerais foram em 1987.