Jornal Estado de Minas

Mesmo com manutenção do estado de greve, paralisação de ônibus perde força nesta quarta

Luana Cruz, Paulo Filgueiras, Cristiane Silva, Daniel Camargos, Mateus Parreiras, Pedro Rocha Franco, Luciane Evans, Leandro Couri

Movimento normal nas plataformas do terminal em Venda Nova - Foto: Paulo Filgueiras/EM DA Press

Mesmo sem grandes avanços na negociação entre rodoviários e empresas de transporte e apesar da manutenção do estado de greve, a parada dos ônibus em Belo Horizonte perdeu força. Nesta quarta-feira não há paralisação em estações BHBUS e os coletivos circulam normalmente pela capital. As ações de protesto que aconteceram nas estações Diamante e Barreiro, esta semana, não devem se repetir.

A Polícia Militar e a BHTrans estiveram em operação especial nos dias de greve. Nesta quarta-feira equipes se posicionaram na Estação Venda Nova com a expectativa de paralisação, mas foram surpreendidos com o enfraquecimento da greve.

A diretoria do Sindicato dos Rodoviários vai se reunir, nesta manhã, para fazer um balanço da greve e decidir os próximos passos. Segundo o coordenador do sindicato, Carlos Henrique Marques, o encontro também servirá para discussão das propostas dos empregadores feita na terça-feira. Os motoristas e cobradores devem fazer uma assembleia no domingo para votar se aceitam a proposta dos patrões ou se fazem a paralisação total dos ônibus.

Os rodoviários estão certos ao parar os ônibus em movimentos de greve?


Na terça-feira os rodoviários se reuniram com representantes do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH), na Delegacia Regional do Trabalho, mas não houve avanço nas negociações. As empresas mantiveram a proposta de 8% de aumento, condicionada à retirada das ações judiciais, mas o sindicato não aceitou.

Ao todo, são 78 itens na pauta de reivindicações dos rodoviários. Os principais são reajuste salarial de 24%, jornada de trabalho de seis horas diárias e o fim dos ônibus sem cobradores. Os patrões também estão dispostos a pagar abono de participação de lucros de R$ 150 para quem ganha até R$ 1 mil, e de R$ 300 para quem ganha acima de R$ 1 mil, pago de uma única vez, juntamente com os salários de março.

Greve atingiu estações Barreiro e Diamante, mas não chegou à Venda Nova - Foto: Paulo Filgueiras/EM DA Press