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Estado de Minas

Cidades históricas mineiras lançam seu carnaval e planejam atrair 420 mil turistas


postado em 16/02/2011 07:32 / atualizado em 16/02/2011 07:37

Rei Momo e sua rainha, acompanhados de uma corte de bonecos gigantes, promovem espetáculo de cores na Cidade Administrativa(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Rei Momo e sua rainha, acompanhados de uma corte de bonecos gigantes, promovem espetáculo de cores na Cidade Administrativa (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Com milhares de brasileiros esquentando os tamborins, fazendo planos e arrumando as malas para cair na folia, as cidades históricas mineiras dão seu grito de carnaval e preparam toda a estrutura para receber 40% mais turistas do que no ano passado. A expectativa é de que os seis municípios mais procurados para o feriadão recebam 420 mil pessoas, 120 mil a mais do que no ano passado. Ontem, secretários municipais de Turismo e autoridades estaduais se reuniram na Cidade Administrativa, na Região Norte de Belo Horizonte, e prometeram oferecer uma festa mais organizada e mais profissional – que começou ontem mesmo, com uma colorida apresentação do rei Momo e da rainha do carnaval, acompanhados de uma corte de bonecões. Mas reivindicaram mais recursos e menos burocracia para “arrumar a casa” do jeito que uma boa festa exige.

Valorizando o carnaval tradicional, com marchinhas e desfiles de blocos, as cidades de Diamantina, Mariana, Ouro Preto, Sabará, São João del-Rei e Tiradentes querem competir com destinos como Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco. O diferencial dos mineiros foi lembrado ontem pelo secretário de estado de Turismo, Agostinho Patrus Filho, que classificou o cenário histórico como um charme a mais para o turista e lembrou que Minas abriga 60% do patrimônio histórico nacional.

Segundo o secretário de Cultura e Turismo de São João del-Rei, Ralph Justino, representante do grupo de cidades históricas, juntas Ouro Preto, Sabará e Diamantina gastam por ano com a folia cerca de R$ 4 milhões. “As prefeituras investem do seu próprio caixa e o lucro gerado pela festa não retorna para o órgão público, mas sim para a rede hoteleira, os restaurantes e o comércio como todo”, diz, acrescentando que está sendo negociada parceria com uma empresa que deve injetar R$ 600 mil no evento. O dinheiro seria distribuído entre as seis cidades, que não receberão recursos do estado. “Mas isso ainda não está fechado”, revela, reclamando que outro grande entrave para a folia é a burocracia do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para liberar o evento. “É claro que precisa haver preocupação com bens da cidade, mas, em Tiradentes, por exemplo, quando vamos fazer o festival de gastronomia, parece que vamos construir um prédio, tamanha é a burocracia. Isso tem que mudar.”

Para Cristina Seabra de Miranda, chefe do escritório técnico do Iphan de Tiradentes, não há burocracia, mas sim cuidados extremamente necessários. “Se há um evento em lugar protegido, é preciso seguir critérios. Em Tiradentes, fazemos reuniões com participação de vários órgãos. A discussão gira em torno de promover festas que não provoquem danos ao patrimônio e nem ao meio ambiente”, defende.

bloco nas ladeiras Polêmicas à parte, caso as previsões se concretizem, as ladeiras das cidades históricas mineiras têm tudo para receber uma multidão. “Nossa festa é reconhecida no Brasil inteiro. Só neste ano, esperamos cerca de 420 mil turistas nas seis cidades. A rede hoteleira já está cheia, sem vagas. A possibilidade de ampliar essa rede é levar os visitantes às cidades vizinhas”, disse o secretário Agostinho Patrus Filho, garantindo que as providências para garantir a segurança já estão em andamento. “Nos próximos dias, cada batalhão da PM fará o levantamento do reforço que vai precisar. Nas estradas, a Polícia Rodoviária Estadual fará o trabalho de conscientização.”

No ano passado, o carnaval gerou lucro em torno de R$ 20 milhões para a economia das cidades históricas, promoveu uma ocupação de 92% da rede hoteleira e 4,3 mil empregos diretos. Este ano, a expectativa é de injeção de R$ 28 milhões na economia desses municípios.

Belo Horizonte

Foi publicado ontem no Diário Oficial do Município (DOM) regulamento para o desfile de blocos caricatos na capital. Para participar os grupos devem se inscrever na Belotur até o dia 18. Segundo a diretora de Promoção Turística da empresa municipal, Ana Paula Azevedo, este ano os blocos da categoria A receberão R$ 6 mil, o dobro do valor a ser destinado aos da categoria B. O investimento total da prefeitura para o Carnaval 2011 será R$ 1,5 milhão, 20% a mais do que no ano passado.

Ouro Preto

Das 58 repúblicas federais de Ouro Preto, apenas 30 apresentaram ontem à prefeitura da cidade termo de compromisso para requerer o alvará para hospedagem e festa. No ano passado, os eventos nas moradias estudantis foram proibidos pelo Ministério Público, sob alegação de que os universitários estavam usando as casas, bens públicos, para ganhar dinheiro. Este ano, depois de acordo, a Universidade Federal de Ouro Preto estabeleceu normas para que as contas das repúblicas sejam transparentes durante a folia. Segundo o secretário de Cultura e Turismo de Ouro Preto, Chiquinho de Assis, o município investe R$ 1 milhão para o carnaval na cidade e, este ano, as repúblicas federais estão cumprindo o estabelecido.


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