Mais uma vez o carnaval das repúblicas federais de Ouro Preto, na Região Central de Minas, vai esbarrar na polêmica. Depois do acordo com o Ministério Público para que pudessem receber turistas, só 17% delas estavam até quinta-feira estavam habilitadas. A medida foi instituída a partir do ano passado, sob alegação de que havia uso comercial de imóveis públicos sem contrapartida. Num primeiro momento, os 58 núcleos estudantis ligados à Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) foram barrados. Por fim, exigiu-se uma série de obrigações que deveriam ser cumpridas, como regularização imobiliária e plano de recuperação patrimonial. Neste ano, o pagamento da taxa para o Alvará Especial tem sido um dos estopins para protestos. Hoje terminaria o prazo para o requerimento do documento. De 308 aptos, apenas 53 cumpriram o protocolo.
Já o segundo o secretário da Fazenda do município, Huaman Pinto Coelho, alega que a isenção da universidade é para impostos, e não para taxas. “Todo estabelecimento que exerce atividade econômica tem que pagar taxas, inclusive a universidade”. O secretário municipal de Patrimônio e Desenvolvimento Urbano, Gabriel Gobbi, garante que os estabelecimentos que funcionarem sem a permissão da prefeitura serão autuados e poderão até mesmo ter a casa fechada no meio da festa.
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