Uma rede para criar novos serviços de saúde e potencializar os existentes poderá mudar o destino de muita gente. Se o Consórcio Intermunicipal Aliança para Saúde (CIAS) vingar, casos como do pequeno Miguel Oliveira Martins poderão ser menos comuns. Com 25 dias de vida, o menino sofre de um problema cardíaco complexo e durante 19 dias não pôde ser operado por falta de uma vaga de CTI na capital. Somente ontem, às 15h, o Biocor, hospital referência para o procedimento, conseguiu ofertar um leito para ele.A luta de Miguel não foi fácil. Morador de Juiz de Fora, na Zona da Mata, é filho da manicure Tatiana Márcia Rocha, que quando soube da doença do seu recém-nascido – e que ele só poderia ser tratado em BH –, começou uma batalha que chegou até mesmo à Justiça. “Não havia vaga em lugar nenhum, e a referência tinha que ser o Biocor em BH. Entramos com mandado de segurança e nem com ele conseguimos internar Miguel em Belo Horizonte. Foi um desespero muito grande, pois os rins dele começaram a parar de funcionar”, conta o advogado da família, Luciano Filgueiras.

Somente na tarde de ontem, a Central de Leitos da capital conseguiu a vaga. “Agora, estamos esperando um avião buscá-lo”, comentou Tatiana. Até o fechamento desta edição, Miguel continuava internado no Hospital Municipal de Juiz de Fora à espera do transporte que lhe traria a BH.