Depois do tumulto na manhã deste sábado, em decorrência dos conflitos entre suspeitos e Polícia Militar durante a madrugada, a PM promete apurar o que ocorreu no Aglomerado da Serra e ainda investigar as denúncias da comunidade sobre abuso de autoridade. O filho e o irmão de um policial morreram durante troca de tiros com militares na madrugada deste sábado, no Bairro Marçola, Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
De acordo com militares do Batalhão da Rotam, por volta de 2h30, durante operação de rotina, se depararam com aproximadamente 20 homens armados. Doze deles usavam fardas do Grupo de Apoio Tático Especial (Gate) e da Polícia Militar. Ao verem os militares, os suspeitos começaram teriam atirado, uma bala atingiu um policial. Começou um tiroteio, na troca de tiros morreram os suspeitos Renilson Veriano da Silva, de 39 anos e J.C.S. de 17 anos.
Leia Mais
Filho e irmão de policial morrem em troca de tiros com a PM no Aglomerado da SerraFamília de feirante denuncia PMs por espancamento e abuso de autoridadeVersão da PM de que suspeitos usavam fardas no aglomerado é fantasiosaMoradores dizem que policiais corruptos aceitam até eletrodoméstico como propinaMinistério Público vai acompanhar investigações sobre mortes no aglomerado Moradores tentam retomar rotina depois de conflitos no Aglomerado da SerraCorregedoria da Polícia Militar abre inquérito para apurar mortes no Bairro SerraPM afirma que clima é tranquilo no Aglomerado da Serra após mortes e protestosPolícia prende suspeito de atear fogo em ônibus no Aglomerado da SerraPróximos passos
A Polícia Militar ocupou o aglomerado nesta manhã, com a presença de dezenas de militares, pelo menos cinco viaturas e um helicóptero. A PM aguarda a perícia que é feita no local para traçar os próximos passos da operação.
A busca por suspeitos pode continuar durante o sábado e segundo o coronel, serão feitos acompanhamentos da comunidade por causa do "clamor público" que a ocorrência da madrugada gerou. “Sempre há um acompanhamento em aglomerados de BH, temos um trabalho específico em cada comunidade, com apoio do Grupo Especializado em Policiamento em Área de Risco (Gepar). Mas, hoje ouve uma ocorrência e policiais dão conta de que entre 15 e 20 homens teriam entrado em conflito com eles. Nós vamos ouvir a comunidade nessas investigações", afirma o coronel.