Jornal Estado de Minas

PM vai apurar denúncias de abuso de autoridade em ação no Aglomerado da Serra

Depois do tumulto na manhã deste sábado, em decorrência dos conflitos entre suspeitos e Polícia Militar durante a madrugada, a PM promete apurar o que ocorreu no Aglomerado da Serra e ainda investigar as denúncias da comunidade sobre abuso de autoridade. O filho e o irmão de um policial morreram durante troca de tiros com militares na madrugada deste sábado, no Bairro Marçola, Região Centro-Sul de Belo Horizonte.





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De acordo com militares do Batalhão da Rotam, por volta de 2h30, durante operação de rotina, se depararam com aproximadamente 20 homens armados. Doze deles usavam fardas do Grupo de Apoio Tático Especial (Gate) e da Polícia Militar. Ao verem os militares, os suspeitos começaram teriam atirado, uma bala atingiu um policial. Começou um tiroteio, na troca de tiros morreram os suspeitos Renilson Veriano da Silva, de 39 anos e J.C.S. de 17 anos.

O coronel Antônio de Carvalho Pereira, Comando de Policiamento Especializado da Polícia Militar de Minas Gerais (CPE/PMMG), disse que a polícia está apurando as ocorrências na incursão dentro do aglomerado e as denúncias de abuso de autoridade de militares da Rotam. Ele reforçou a importância de a população denunciar suspeitos de crime e irregularidades dentro do aglomerado. Moradores reclamam de abuso de autoridade dos militares durante a incursão, que segundo a população, culminou na morte de dois “trabalhadores”. Os manifestantes alegam que os assassinados na troca de tiros não tinham passagens pela polícia.

Próximos passos

A Polícia Militar ocupou o aglomerado nesta manhã, com a presença de dezenas de militares, pelo menos cinco viaturas e um helicóptero. A PM aguarda a perícia que é feita no local para traçar os próximos passos da operação.

A busca por suspeitos pode continuar durante o sábado e segundo o coronel, serão feitos acompanhamentos da comunidade por causa do "clamor público" que a ocorrência da madrugada gerou. “Sempre há um acompanhamento em aglomerados de BH, temos um trabalho específico em cada comunidade, com apoio do Grupo Especializado em Policiamento em Área de Risco (Gepar). Mas, hoje ouve uma ocorrência e policiais dão conta de que entre 15 e 20 homens teriam entrado em conflito com eles. Nós vamos ouvir a comunidade nessas investigações", afirma o coronel.





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