Jornal Estado de Minas

Em reunião vazia, rodoviários decidem manter o estado de greve

João Henrique do Vale Pedro Rocha Franco

Menos de 200 pessoas compareceram no local da assembleia - Foto: Juliana Flister/Esp. EM 

Em assembleia realizada na tarde deste domingo os motoristas e cobradores de Belo Horizonte decidiram continuar em estado de greve. Com a decisão, pode haver paralisações durante esta semana na capital. “A partir de agora, podemos parar a qualquer momento”, afirma o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Denilson Dorneles.

A reunião não teve muita força. Menos de 200 pessoas compareceram. Para Denilson Dorneles, o motivo da assembleia estar vazia é o jogo do Atlético Mineiro.

O estado de greve foi decretado em 10 de fevereiro durante outra assembleia. Na semana passada, os rodoviários fizeram paralisação nas estações Diamante e Barreiro.

Ao todo, os rodoviários revindicam 78 itens. Os principais são reajuste salarial de 24%, jornada de trabalho de seis horas diárias e o fim dos ônibus sem cobradores. Os patrões chegaram a oferecer 8% de aumento, condicionada à retirada das ações judiciais, mas o sindicato não aceitou.

Os patrões também estão dispostos a pagar abono de participação de lucros de R$ 150 para quem ganha até R$ 1 mil, e de R$ 300 para quem ganha acima de R$ 1 mil, pago de uma única vez, juntamente com os salários de março.