Leia Mais
Corregedoria da Polícia Militar abre inquérito para apurar mortes no Bairro SerraPM afirma que clima é tranquilo no Aglomerado da Serra após mortes e protestosPolícia prende suspeito de atear fogo em ônibus no Aglomerado da SerraTribunal decreta a prisão temporária de policiaisMoradores dizem que policiais corruptos aceitam até eletrodoméstico como propinaMoradores denunciam presença de milícia no Aglomerado da Serra Ministério Público vai acompanhar investigações sobre mortes no aglomerado Nova manifestação de moradores retoma tensão no Aglomerado da SerraMoradores tentam retomar rotina depois de conflitos no Aglomerado da SerraAglomerado da Serra vive mais uma noite de medo e violênciaNo enterro deles realizado na tarde deste domingo, no Cemitério da Saudade, milhares de pessoas compareceram e entoaram gritos de justiça. Várias pessoas procuraram os jornalistas para denunciar vários abusos de autoridade cometidos por militares na região.
Novos confrontos
Uma manifestação inicialmente pacífica, apoiada pela Igreja do bairro, tomou conta da Praça Cardoso, no Bairro Serra, no final da noite deste domingo, após o funeral. Segundo fontes, os manifestantes agrediram os militares que reagiram com tiros para o alto. Mais de 50 tiros foram disparados, segundo fontes que estavam no local. Foram usadas ainda balas de borracha e de efeito moral.
Uma criança de cinco anos que brincava de bicicleta foi atingida por estilhaçoes de bala na perda. O pai da criança, o chaveiro Adriano Santos, disse que o ferimento da filha era leve, mas que ela ficou assustada: “Ela está chorando muito e me perguntando o tempo todo se iria morrer”. Um manifestante foi atingido na boca por uma das balas. Parentes de dois homens que foram presos, identificados como Elias Moisés e Roberto Luiz, disseram que militares os ameaçaram de morte.
Em retaliação, moradores jogaram pedras nos policiais e um micro-ônibus foi queimado. Ainda segundo fontes, cerca de 20 viaturas estão fechando as saídas da praça. Centenas de policiais do 1º, 16º e 22º batalhões, além de integrantes do Batalhão Rotam, todos fortemente armados, ocupam pontos estratégicos do morro. O major Luís José Francisco Pires, do 22º Batalhão da PM, informou que a comunidade começou a jogar pedras nos policiais. “Agimos apenas de forma preventiva”, garantiu o oficial.