Lafayette Andrada manteve a versão dos PMs de que faziam patrulhamento de rotina, a pé, quando foram “mal recebidos” por um grupo de bandidos armados. Segundo ele, os policiais revidaram a bala. O secretário disse ainda que não há nenhum indício de que os policiais cobravam propina de bandidos ou de que tentam instalar uma milícia na comunidade, como afirmam moradores, mas garantiu que as denúncias serão investigadas. Por determinação da secretaria, policiais do Grupamento Especializado de Policiamento em Áreas de Risco (Gepar) continuam ocupando o Aglomerado da Serra.
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Um fuzil 556 e as quatro pistolas calibre 40 usados pelos policiais na ação no aglomerado foram recolhidos e estão à disposição para confronto balístico no próprio Batalhão Rotam. O secretário não informou o resultado dos laudos cadavéricos de Renilson e de Jeferson, que, de acordo com familiares, teria sido atingido pelas costas. Questionado sobre as fardas que teriam sido encontradas com as vítimas, conforme depoimento dos policiais acusados, o secretário foi evasivo e repetiu apenas que todas as informações serão alvo do IPM, cujo prazo é de 40 dias, prorrogáveis por mais 20 dias.
Assessor de comunicação da PM, o tenente-coronel Alberto Luiz Alves afirmou que as fardas, como consta no registro de ocorrência, foram encontradas com as vítimas e que elas aparentavam ser do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) e de atividade operacional, na cor bege. “Tudo leva a crer que eles estavam conduzindo, levando, junto ao corpo, no braço, como se fosse um pacote. Mas somente o instrumento apuratório vai dar contorno aos fatos”, disse.