Dificuldades financeiras e a falta de incentivo são os motivos alegados pelas escolas de samba que optaram por não desfilar este ano. De um total de R$ 1,5 milhão investido pela prefeitura no carnaval, R$ 195 mil são destinados ao auxílio financeiro dos blocos caricatos e agremiações, valor irrisório na avaliação de Luiz Carlos. “O custo para as escolas é de aproximadamente R$ 70 mil. Quem acaba arcando com o prejuízo é o presidente de cada instituição”, afirma, ressaltando que a maior parte dos gastos públicos é voltada para a montagem da infraestrutura. Apenas para a instalação de arquibancadas e demais estruturas do carnaval foram destinados R$ 320 mil, conforme pregão publicado ontem no Diário Oficial do Município (DOM).
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As novas regras para participar da festa momesca são o principal empecilho para o atraso das inscrições, que tiveram o prazo prorrogado do dia 18 para sexta-feira. De acordo com o regulamento, publicado em 15 de fevereiro, as escolas ficam obrigadas a entregar, além do samba-enredo e estatuto da agremiação, uma série de certidões negativas, comprovando o pagamento de uma série de impostos. Esse é o requisito para que os grupos recebam o auxílio financeiro, repassado anteriormente diretamente pela Samba 10. Até ontem, apenas a campeã Chame-Chame e a vice-campeã Acadêmicos de Venda Nova, além da Imperatriz de Venda Nova e a Estrela do Vale haviam se inscrito.
“Com as novas exigências, escolas têm encontrado dificuldade, porque não recolhem impostos há mais de cinco anos. O jeito é arrumar um jeito de quitar ou financiar a dívida. O mais difícil, é que essa documentação foi exigida de última hora”, diz Luiz Carlos. “Isso é complicado, apesar de sermos entidades sem fins lucrativos e de trabalharmos apenas de janeiro a março, temos que pagar impostos como qualquer empresa”, completa o presidente da Samba 10, garantindo a participação das cinco escolas pendentes na avenida e confiante na beleza da festa.
Segundo a Belotur, apesar da publicação do regulamento na semana passada, desde janeiro as agremiações já estariam a par das mudanças. A empresa de turismo também afirma que a verba destinada aos blocos e agremiações são auxílios financeiros e cada in