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Estado de Minas

Policiais envolvidos nas mortes do Aglomerado da Serra são presos


postado em 23/02/2011 16:08 / atualizado em 23/02/2011 19:51

Os policiais passaram por exames de corpo de delito antes de serem presos(foto: Beto Magalhães/EM/D.A.Press)
Os policiais passaram por exames de corpo de delito antes de serem presos (foto: Beto Magalhães/EM/D.A.Press)
 

Os quatro militares, sendo um sargento e três soldados,  envolvidos nas mortes de Renilson Veriano da Silva, que completaria 40 anos nessa segunda-feira, e de Jeferson Coelho da Silva, o Jefinho, de 17, no Aglomerado da Serra, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, foram presos na tarde desta quarta-feira.

A Justiça Militar acatou o pedido do presidente do inquérito policial militar (IPM), Rinaldo Azevedo, que entrou com uma representação na Justiça pedindo a prisão deles. Os militares foram ouvidos nesta tarde na corregedoria da PM, e já saíram de lá presos. Eles vão ficar em unidades diferentes.

Segundo o corregedor Hebert Souto e Silva, há provas testemunhais e materiais suficientes que contradizem as versões dos policiais. Segundo a versão deles, durante um patrulhamento de rotina pelo Aglomerado da Serra, se depararam com um grupo armado. Durante troca de tiros dois homens foram mortos. Ainda de acordo com os militares, os homens usavam fardas da polícia.

Testemunhas ouvidas nesta quarta-feira no Departamento de Investigações, desmentiram a versão dos policiais. Um adolescente de 17 anos amigo de Jeferson, e uma menina de 12 anos, que estiveram com o rapaz assassinado na Praça Cardoso, dentro do aglomerado, pouco antes da morte dele, disseram que ele não estava com nenhuma farda e nem com mochila onde as roupas poderiam serem guardadas. A mãe da menina, Cleuza Vieira dos Santos, se encontrou com Renilson num bar, também pouco antes das mortes, e, segundo ela, ele também não estava com fardas.

Ainda segundo o corregedor, as contradições já são suficientes para acatar a prisão preventiva, dos quatro militares. Se não houver nenhum relaxamento, os policiais ficarão presos até a data do julgamento.

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