“Morreram não, foram para o inferno.” A frase foi dita, na manhã de sábado, na porta do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, pelo soldado Adelmo Felipe de Paula Zuccheratte, um dos quatro militares suspeitos da execução do adolescente Jeferson Coelho da Silva, de 17 anos, e do seu tio Renilson Veriano da Silva, de 39. Pouco depois de registrada a ocorrência, questionado pela equipe do Estado de Minas sobre o estado das vítimas, o jovem PM, preso quarta-feira, reagiu.
A afirmação causou estranheza entre jornalistas e, pouco depois, no Aglomerado da Serra, o chefe do Comando de Policiamento Especializado (CPE), coronel Antônio Pereira Carvalho, afirmou que a frase era apenas uma reação ao suposto tiro levado por um colega. “Um militar, depois que sai do teatro de operações, fica exaltado, principalmente depois que um companheiro é baleado”, disse o coronel, confirmando a versão de seus subordinados, na Praça do Cardoso, região central do aglomerado, ainda na manhã de sábado, horas antes de ser incendiado o primeiro dos três ônibus queimados no fim de semana.
Mas o tiro levado pelo soldado Jonas David Rosa nem sequer é confirmado. A Polícia Civil investiga se o PM teria mesmo sido baleado e em quais circunstâncias. Inclusive, uma das possibilidades é que os próprios policiais tenham dado o tiro no colete, para tentar justificar o suposto tiroteio, simulando o disparo. Todas as testemunhas ouvidas até agora relatam que os dois moradores estavam desarmados e não teria havido a troca de tiros. A própria Polícia Militar afirma que a versão dos policiais do Rotam é “altamente questionável”, um dos fundamentos para a prisão deles na quarta-feira. Outra hipótese é de que as marcas do colete tenham sido feitas em uma ocorrência antiga.
Na quarta-feira, a Corregedoria da Polícia Militar reafirmou que o militar foi baleado no peito. Enquanto os outros três PMs foram afastados e se mantiveram somente fora das operações de rua, o soldado Jonas, segundo relatou Carvalho, estava no hospital e só depois disso seria afasto como os outros. Mas, no dia do crime, ele e os demais caminhavam tranquilamente.
O tiro teria sido um dos motivos para a reação desencadeada pelos PMs do Rotam contra os cerca de 15 a 20 homens fardados com roupas do Grupamento de Ações Táticas Especiais (Gate). Em depoimento à Corregedoria, antes de serem presos quarta-feira, os quatro reafirmaram o que disseram à imprensa no dia das mortes. Mas uma testemunha ocular contradiz o relato dos policiais. Ela diz ter visto da janela de casa a atuação dos PMs e a execução sumária de Jeferson.
A afirmação causou estranheza entre jornalistas e, pouco depois, no Aglomerado da Serra, o chefe do Comando de Policiamento Especializado (CPE), coronel Antônio Pereira Carvalho, afirmou que a frase era apenas uma reação ao suposto tiro levado por um colega. “Um militar, depois que sai do teatro de operações, fica exaltado, principalmente depois que um companheiro é baleado”, disse o coronel, confirmando a versão de seus subordinados, na Praça do Cardoso, região central do aglomerado, ainda na manhã de sábado, horas antes de ser incendiado o primeiro dos três ônibus queimados no fim de semana.
Mas o tiro levado pelo soldado Jonas David Rosa nem sequer é confirmado. A Polícia Civil investiga se o PM teria mesmo sido baleado e em quais circunstâncias. Inclusive, uma das possibilidades é que os próprios policiais tenham dado o tiro no colete, para tentar justificar o suposto tiroteio, simulando o disparo. Todas as testemunhas ouvidas até agora relatam que os dois moradores estavam desarmados e não teria havido a troca de tiros. A própria Polícia Militar afirma que a versão dos policiais do Rotam é “altamente questionável”, um dos fundamentos para a prisão deles na quarta-feira. Outra hipótese é de que as marcas do colete tenham sido feitas em uma ocorrência antiga.
Na quarta-feira, a Corregedoria da Polícia Militar reafirmou que o militar foi baleado no peito. Enquanto os outros três PMs foram afastados e se mantiveram somente fora das operações de rua, o soldado Jonas, segundo relatou Carvalho, estava no hospital e só depois disso seria afasto como os outros. Mas, no dia do crime, ele e os demais caminhavam tranquilamente.
O tiro teria sido um dos motivos para a reação desencadeada pelos PMs do Rotam contra os cerca de 15 a 20 homens fardados com roupas do Grupamento de Ações Táticas Especiais (Gate). Em depoimento à Corregedoria, antes de serem presos quarta-feira, os quatro reafirmaram o que disseram à imprensa no dia das mortes. Mas uma testemunha ocular contradiz o relato dos policiais. Ela diz ter visto da janela de casa a atuação dos PMs e a execução sumária de Jeferson.