O Centro Social dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar de Minas Gerais (CSCS) pretende entrar na Justiça contra o secretário de Estado de Defesa Social, Lafayette Andrada, e o governo do estado.
Os militares se revoltaram contra uma declaração do secretário que, em uma visita ao Aglomerado da Serra, chamou de bandidos os policiais suspeitos de envolvimento no assassinato de duas pessoas no último dia 19. “As autoridades foram levianas em ter acusado os militares sem ter provas”, disse o presidente do CSCS, cabo Álvaro Coelho.
No fim da manhã deste sábado, um grupo de militares saiu em carreata com cerca de 30 veículos da sede do centro social em direção ao Cemitério Belo Vale, em Santa Luzia, na Grande BH, onde será enterrado às 15h o cabo Fábio Oliveira, encontrado morto em uma cela do 1º Batalhão da Polícia Militar na sexta-feira, onde estava preso. “Os policiais foram tratados de forma errada. O cabo Fábio devia ter ficado dentro do batalhão, e não em uma cela. Nós vamos acompanhar o caso para saber se foi mesmo suicídio”, afirma o presidente da CSCS.
Em nota, a Secretaria de Estado de Defesa Social informou que o secretário Lafayette Andrada não vai falar sobre o assunto. A assessoria de imprensa do Governo de Minas também informou em nota que o governador Anastasia já determinou apuração dos fatos para que todas as medidas cabíveis sejam tomadas. Sobre a declaração dos militares de recorrerem à justiça, o governo não vai se pronunciar.