Nos 26,5 quilômetros do Anel Rodoviário riscos para motoristas e pedestres que passam pela rodovia continuam.
Confira quais são eles:
Conflito de velocidade
Em vários pontos há muitos acessos, inclusive de 90 graus, de entrada e saída da rodovia sem marginal para manobras. O motorista que entra e sai da via tem que reduzir a velocidade no meio do fluxo de veículos. O mesmo ocorre com os coletivos. Há muitas paradas de embarque e desembarque de ônibus ao longo da via
Falta de sinalização
Falta sinalização para avisar motoristas sobre as reduções de faixas. No sentido Vitória/Rio de Janeiro não há nenhuma placa ou aviso de que caminhões com carga pesada devem trafegar pela direita. Também não há alertas para os novos limites de velocidade
Diferentes limites de velocidade
Os limites de velocidade variam entre 70km e 80km. Em espaços de poucos quilômetros as placas mudam e confundem condutores
Mudanças feitas pelo dnit
No trecho entre os bairros Olhos D’Àgua e Betânia, próximo ao local do acidente
Faixas avisam motoristas sobre redução do limite de velocidade. Mas são de pano, que não chamam a atenção dos condutores e deveriam ser substituídas por placas de metal
Há novas lombadas eletrônicas que são vistas de longa distância, favorecendo a redução de velocidade em tempo hábil. O mesmo ocorre com os painéis eletrônicos de sinalização
Pardal, segundo o especialista, é uma faca de dois gumes. A severidade dos acidentes diminui, porém, em alguns casos, o número de colisões traseiras aumenta. Os radares podem surpreender motoristas desavisados que usarão o freio de repente.
Características que influenciam os problemas no Anel
Percentual significativo de veículos pesados
O local é tráfego de passagem e, como tal, há muitos motoristas que não estão familiarizados com os trechos
Diariamente, condutores chegam ao anel depois de passarem por vias de alta velocidade, tendendo assim a mantê-la
Vários pontos com estreitamento de vias
Vias locais com acesso à direita da rodovia
Demanda para travessia de pedestre. As passarelas estão bem distantes uma da outra
Imprudência de motoristas e pedestres
Fonte: Frederico Rodrigues, doutor em engenharia de transporte, professor de pós-graduação em transporte e trânsito do Cefet /MG