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Estado de Minas

Entenda o caso das mortes e conflitos no Aglomerado da Serra


postado em 28/02/2011 07:51

Três mortes e muito mistério

Sábado, dia 19

Em incursão no Aglomerado da Serra, equipe da Rotam mata tio e sobrinho a tiros. Militares alegam que foram atacados por grupo de 15 a 20 homens, vestidos com fardas. PMs exibem fardas e armas que estariam com as duas vítimas.
Dois ônibus são incendiados na região em protesto contra o crime e moradores denunciam suposto tiroteio como farsa. PM usa até helicóptero na caça aos supostos agressores dos policiais.

Domingo, dia 20

Com dezenas de viaturas, policiais ocupam as seis vilas do aglomerado, para evitar novos atentados a ônibus.
Revoltados, moradores participam, no Cemitério da Saudade, de velório e enterro dos vizinhos assassinatos.
Depois dos funerais, aglomerado se transforma em praça de guerra: Moradores são proibidos de fazer concentração, reagem a pedradas e PMs usam balas de borracha e bombas para reprimir manifestação. Quatro pessoas, uma delas criança, ficam feridas. Um micro-ônibus e dois carros são queimados.

Segunda-feira, dia 21

Moradores denunciam envolvimento de PMs em cobrança de propina de traficantes. PM afasta militares envolvidos. Testemunha confirma que não houve tiroteio.
Fontes da Polícia Civil garantem que versão das fardas é fantasiosa. Governo determina rigor na apuração. Corregedoria da PM e Delegacia de Homicídios instauram inquérito para apurar crimes.
Moradores fazem passeata até à Assembleia Legislativa. Militares continuam ocupação do morro.
Três escolas ficam fechas e ônibus não circulam.

Terça-feira, dia 22

Para fugir de ameaças, famílias começam a deixar seus barracos com medo.
Comissão de Direitos Humanos da Assembleia ouve moradores no aglomerado e pede o fim da Rotam.
Estado pede Ministério Público para acompanhar apuração e reconhece falhas na atuação no aglomerado.
Parentes e vizinhos das vítimas começam a ser ouvidas pelas Delegacia de Homicídios

Quarta-feira, dia 23

Justiça Militar decreta e quatro PMs acusados da morte dos dois moradores são presos.
Fuzis e pistolas usados pelos militares da Rotam na incursão do aglomerado e colete que teria levado tiro são recolhidos.
Mais testemunhas depõem, desmentem PMs e denunciam violência do Rotam no aglomerado
OAB cria comissão especial para acompanhar o caso.

Quinta-feira, dia 24

Corregedoria começa a apurar outros crimes atribuídos a militares.
Laudo da perícia indica que adolescente e tio foram mortos à queima roupa.
Secretário visita aglomerado e anuncia rigor na apuração.
Polícia apura morte de homem no Centro, depois de detido por PMs.

Sexta-feira, dia 25

Cabo que comandou equipe do Rotam no aglomerado morre na prisão. Hipótese mais provável é suicídio.
Companheiros e parente do militar morto denunciam que ele foi assassinado na prisão.

Sábado, dia 26

Em clima de revolta e ameaças a jornalistas, corpo do cabo Fábio de Oliveira é enterrado em Santa Luzia.
Grupo Especializado de Policiamento em Áreas de Risco (Gepar) continua patrulhando o Aglomerado da Serra. Os ônibus voltaram a circular, em clima de normalidade. Moradores participaram de culto evangélico em homenagens às vítimas, mortas no dia 19


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