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Advogado vai tentar liberdade de militares envolvidos em mortes no aglomerado Anastasia diz que possíveis desvios de conduta de militares não ficarão impunesPoliciais militares entram em conflito com moradores do Aglomerado da SerraVideochat discute polêmicas sobre mortes no Aglomerado da SerraPMs acusados dos homicídios no Aglomerado da Serra voltam a ser interrogadosDeputados voltam ao Aglomerado da Serra para ouvir população sobre atuação da PMAo contrário de Zuccheratte, Jason Ferreira Paschoalino e Jonas David Rosa, por orientação dos defensores, mantiveram segredo sobre os fatos da madrugada do dia 19. Segundo o advogado Ricardo Gil de Oliveira Guimarães, os PMs aguardam a hora certa de falar. “Há necessidade de cautela. Precisamos ter acesso aos inquéritos, mas eles falarão antes do juízo”, disse. A estratégia foi diferente da adotada na defesa de Zuccheratte, que, segundo os advogados, respondeu a todas as perguntas do corregedor Herbert Fernandes e de três promotores de Justiça. Caso a corregedoria não peça a revogação da prisão de Zuccheratte ainda hoje, a defesa entrará com recurso na Justiça Militar.
Confira às 16h o videochat sobre as mortes polêmicas no Algomerado da Serra
Segundo defensores, Adelmo não teve participação nas mortes. Eles alegaram que o militar atuou como motorista no dia das mortes no aglomerado. “Não há nenhuma possibilidade de ele ter participado de esquema de extorsão. Era a segunda vez que trabalhava com a guarnição. O Zuccheratte atuava no setor de informática do Batalhão de Choque e estava na função de motorista apenas como folguista. Ele não pode ser tratado como bandido. Ele estava em outro local, isso dá para provar ao rastrear o GPS da viatura”, disse o advogado Domingos Sávio de Mendonça, que entrou ontem no caso. Três promotores acompanharam o depoimento e disseramnão haver pedido da revogação da prisão.
Apesar de o nome de Adelmo não constar da ocorrência, ele não desconhece o que se passou no aglomerado. Em entrevista ao Estado de Minas, horas depois das mortes, ele afirmou em relação às vítimas: “Morreram não, foram para o inferno.” A frase foi relatada no mesmo dia ao chefe do Comando Especializado da Capital (CPE), coronel Antônio Carvalho, que tratou a afirmação como mera exaltação de policial.
Os três militares estiveram ontem na Corregedoria da Policia Militar, no Centro da capital. Eles chegaram em horários diferentes, com até quatro horas de atraso. Jason foi o primeiro a chegar e preferiu o silêncio, alegando que só falaria em juízo. Por volta das 11h, Jonas compareceu ao órgão e usou da mesma estratégia. “Os dois têm de ser ouvidos no Tribunal do Júri. Diante da declaração do secretário de estado de Defesa Social, Lafayette Andrada, que os chamou de marginal sem ter provas, os seus subordinados vão atuar com imparcialidade, ou seja, a corregedoria não é parcial para o trabalho”, disse o advogado Ricardo Guimarães.
Suicídio
Foi a segunda vez que Adelmo, Jason e Jonas foram à Corregedoria da PM. Na sexta-feira, eles iriam depor, mas ficaram abalados ao saber da morte do cabo Fábio de Oliveira. Preso como suspeito de envolvimento nas mortes do aglomerado, o cabo apareceu morto na manhã de sexta-feira. A versão policial dá conta de que ele teria se enforcado com o cadarço do calção que usava, pendurado no registro do chuveiro na cela. Ainda que o caso esteja sendo apurado, para o advogado dos militares, Ricardo Gil, não há dúvidas de que houve suicídio. “Não fui o último a vê-lo na prisão antes do ocorrido, mas vi o corpo dele na cela e ele se matou, sim”, alega. Depois disso, segundo Ricardo, as celas onde estão presos os três soldados foram vistoriadas e eles passam por acompanhamento psicológico. A hipótese de Fábio ter sido morto não foi descartada pela investigação