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PBH avalia projeto que dá nova cara ao Mercado do CruzeiroReformulação do Mercado do Cruzeiro gera polêmica entre moradores e prefeituraPrefeitura de BH suspende projeto do Mercado do CruzeiroPopulação rejeita demolição do Mercado Distrital do CruzeiroPBH dá aval a megaprojeto que divide a comunidade do Bairro CruzeiroDepois de quatro meses de PMI aberto e apenas um projeto em mãos, a prefeitura está numa sinuca de bico e se vê diante do desafio de conciliar interesses de moradores, que não se entendem sobre o assunto. “Somos obrigados a dar uma resposta a quem atende ao PMI, negativa, positiva ou com considerações, por isso contratamos a consultoria. Vimos pontos interessantes, como a oferta de vagas de estacionamento, mas ainda é prematura expor qualquer opinião sobre o projeto”, afirma Ateniense.
Favorável ao projeto, a Associação dos Moradores dos Bairros Anchieta e Cruzeiro (Amoran) participou do consórcio que apresentou a proposta de modernização, junto da Associação de Comerciantes do Mercado Distrital do Cruzeiro (Acomec), da Santec Empreendimentos e da antiga diretoria da Fundação Mineira de Cultura (Fumec), vizinha ao mercado e que causa grande impacto no trânsito da região. Pelo projeto, 800 das 2 mil vagas seriam destinadas apenas à Fumec. “Até agora, só vimos benefícios, pois tira os carros da rua. Também traz atrativos para a região”, afirma o presidente da Amoran, Saulo Lages Jardim.
Opinião Contrária
Do outro lado do ringue, a Associação dos Cidadãos do Bairro Cruzeiro (Amoreiro), fundada recentemente e que conta com apoio de entidades profissionais de arquitetos e urbanistas, repudia o projeto e teme a descaracterização do patrimônio histórico e os impactos no trânsito. “Esse projeto não interessa à população. Ali é o nosso quintal e não se mexe no quintal do povo dessa forma. Queremos a revitalização, mas não com uma proposta que cria conflitos no trânsito e destrói o mercado”, afirma a presidente da Amoreiro, Patrícia Caristo.
O presidente do Sindicato dos Arquitetos, Eduardo Fajardo, aponta que a proposta de modernização do mercado pode apagar uma das obras de um dos mais renomados arquitetos mineiros, Éolo Maia, que assina o projeto original do Distrital do Cruzeiro, fundado há 36 anos. “É um galpão com solução arquitetônica de êxito e que precisa de uma recuperação”, ressalta, afirmando que o projeto futurista vai “emburguesar” o mercado.