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Estado de Minas

Mistério de corpo desconhecido no IML ainda não foi esclarecido


postado em 02/03/2011 06:58

Um mistério a ser desvendado pela polícia é saber onde foi parar uma grande quantidade de dinheiro que o desconhecido carregava, quando foi preso num motel no Centro, segundo testemunhas. O corpo permanece no Instituto Médico Legal (IML), como desconhecido número 134. Câmeras de segurança do motel registraram o momento em que o homem moreno, com calça da torcida do Cruzeiro, camisa branca e tênis branco, era levado algemado por sete militares do 6ª Companhia do 1º Batalhão da PM. Às 3h30 da madrugada, ele foi deixado com vários ferimentos no Hospital Psiquiátrico Galba Veloso, no Bairro Gameleira, Região Oeste, onde morreu três horas depois. Os PMs registraram um outro boletim de ocorrência, dizendo que ele havia fugido, contrariando as alegações em seus depoimentos na Corregedoria da Polícia Militar.

Ainda no sábado, policiais de plantão na Delegacia de Homicídios foram alertados pelo funcionário responsável pela remoção de corpos de que uma pessoa que havia morrido no hospital estava com vários ferimentos, com suspeita de assassinato. Os PMs haviam deixado um relatório no hospital informando que o desconhecido se descontrolou e quebrou tudo no motel.

A recepcionista do motel contou à Polícia Civil que o homem era perseguido por PMs e forçou a porta para entrar no estabelecimento, destruindo a vidraça. Ele estava bastante agitado e pedindo socorro, segundo a testemunha. Embora com sintomas de embriaguez ou sob efeito de droga, o homem, segundo a recepcionista, não apresentava indícios de que morreria horas depois. “Ele gritava por socorro. Dizia que iriam matá-lo. Ele não estava com sangue e nem tinha sinais de agressão”, contou a testemunha.

Quando chegou, o desconhecido carregava uma grande quantidade de dinheiro e ofereceu para à recepcionista para deixá-lo entrar, mas ela recusou e o homem invadiu um quarto. Com a prisão dele, o dinheiro teria sumido. A Polícia Civil comparou os relatórios e ocorrência registrados pelos PMs e constatou que os horários dos fatos não coincidem. Foi apurado que o desconhecido foi levado do motel às 3h05, oito minutos depois de entrar, mas consta na ocorrência que o horário do fato foi às 5h20.


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