Policiais fazem protesto na Assembleia depois de polêmicas sobre corporação
Agentes da Polícia Militar participaram na terça-feira à tarde de uma manifestação no Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, exigindo respeito aos integrantes da corporação. O deputado Sargento Rodrigues (PDT), um dos organizadores da mobilização, explicou que o objetivo foi chamar a atenção da sociedade para o tratamento imparcial dado aos policiais militares pelo secretário de Defesa Social, Lafayette Andrada, pelo deputado Durval Ângelo (PT) e pela imprensa, sobre o episódio envolvendo quatro militares do Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas (Rotam), que resultou na morte de Renilson Veriano da Silva, de 39 anos, e seu sobrinho, Jeferson Coelho da Silva, de 17, o Jefinho, em 19 de fevereiro. “Este é um ato pacífico de repúdio ao julgamento antecipado que vem sendo feito por essas pessoas e pelos veículos de comunicação. Pela Constituição Federal, todos são considerados inocentes até que se prove o contrário”, comentou Sargento Rodrigues. Para ele, o deputado Durval Ângelo vem cometendo uma arbitrariedade ao condenar e generalizar os militares. “Ele é presidente da Comissão de Direitos Humanos e não está respeitando os direitos desses policiais, que estão sendo condenados antes de serem julgados. Além disso, todos os militares estão sendo chamados de bandidos pelo secretário”, afirmou. O deputado Durval Ângelo não compareceu ao evento, mas divulgou nota no fim da tarde.
Durante o ato, faixas colocadas pelo presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sindpol), Denilson Martins, com dizeres ofensivos aos militares, causou mal-estar entre agentes das duas corporações. O deputado Sargento Rodrigues pediu a retirada das faixas com as frases “A integração das polícias é uma farsa” e “Pelo fim das truculências e das abordagens violentas da PMMG”. O presidente do sindicato atendeu a solicitação, mas continuou com o manifesto do lado de fora da Assembleia, entregando folhetos com explicações sobre a posição da entidade, contrária à integração das polícias. “Estamos denunciando essas truculências cometidas pela Polícia Militar e essa política de integração, que só existe no papel e impede o avanço da Polícia Civil”, declarou Martins.