Jornal Estado de Minas

Infestação de Aedes Aegypti em Montes Claros cai, mas terrenos baldios ainda preocupam

Um dos sérios problemas na cidade é o acúmulo de lixo em terrenos baldios - Foto: Cida Santana/divulgação A Prefeitura de Montes Claros de divulgou, nesta semana, balanço que aponta a queda da infestação do mosquito Aedes Aegypti na cidade. De acordo com levantamento da Secretaria Municipal de Saúde, o índice de infestação do transmissor da dengue, que até fevereiro, estava na faixa de 7%, caiu para 2,83% neste mês. A redução é atribuída ao “intenso trabalho de prevenção desenvolvido nas últimas semanas pela Secretaria Municipal de Saúde e o Comitê de Combate a Dengue".
A administração municipal quer o apoio da população para reduzir a infestação do Aedes Aegypti mais ainda e, para tanto, disponibilizou um telefone gratuito para que as pessoas possam informar sobre os focos do mosquito. O número é 0800 283 3330. A pesquisa que resultou no Lira (Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti) foi realizada entre os dias primeiro e 3 de março.

De acordo com o Centro de Controle de Zoonoses, seguindo os parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde, a cidade foi dividida em 16 estratos, cada um compreendendo um universo de 8 mil a 12 mil imóveis. Foram sorteados quarteirões e pesquisados 20% dos imóveis neles compreendidos, totalizando 7.566, o que representa 4,5% das residências do município. Apesar do índice médio na cidade ter sido reduzido, existem vários bairros onde a infestação do mosquito transmissor da dengue continua alto. Em sete bairros, o índice de infestação ultrapassa a 10%: Nova Morada (21,45%), Ibituruna (14,28%), Melo (13,21%), Vila Mauricéia (12,76%), Funcionários (12,05%), JK (10,71%) e Vila Regina (10%). Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, “infelizmente, constatou-se que a população ainda não tem contribuído de maneira mais efetiva para ajudar na solução do problema”.

Os locais em que foram encontrados criadouros do Aedes são lajes e piscinas, vasos e pratos, frascos com plantas, bebedouros de animais e tambores velhos. Entre outras, as recomendações aos moradores para se evitar os focos do mosquito são: a limpeza e vedação de tambores e ralos de escoamento de água (que devem receber tela de malha fina), destinação correta do lixo, escoamento da água dos pratos de plantas e limpeza e drenagem de calhas e lajes, além de tampar caixas d água.

Um dos sérios problemas na cidade é o acúmulo de lixo em terrenos baldios, que viram focos do mosquito transmissor da dengue e facilitam também a proliferação de pernilongos, baratas e ratos. A prefeitura recomenda a limpeza dos lotes vagos pelos moradores. Mas, o lixo é jogado em áreas de responsabilidade dela própria. É o que se verifica em um terreno situado no fundo de uma concessionária de veículos, no bairro Morada do Sol. O local foi indicado pela própria prefeitura para o recebimento de entulho transportado por carroceiros. Porém, apesar de ficar próximo a residências, numa área de classe média, o terreno virou um verdadeiro lixão a céu aberto.