A UFMG recebeu documentos sobre o crime, dentre eles reportagens jornalísticas. A universidade considera o caso delicado por se tratar de um crime cometido fora do ambiente acadêmico e pela própria singularidade da ação.
Na perspectiva de uma fonte ligada ao Conselho Universitário, que preferiu o sigilo, o regimento da UFMG expressa que é passível de punição o aluno que aja de maneira incompatível com a dignidade universitária. Outra norma do regimento proíbe agressões físicas por parte do corpo discente, mas não especifica se são aplicáveis somente em casos no ambiente da escola. “Há a possibilidade de interpretação. Por exemplo, incompatível com a dignidade universitária é conceito amplo,” indica a fonte.
De acordo com o advogado e tio do universitário, José Rattes de Carvalho, o jovem está em Abaeté e já teria iniciado tratamento com um psicanalista. “A iniciativa da família é trancar a matrícula para que ele possa ter acompanhamento psicológico”, explicou. Ao descrever as condições do aluno, Rattes afirmou que ele está abatido. Segundo a UFMG, o trancamento da matrícula pode ser feito em qualquer período.
A fonte do Conselho Universitário revela que há um movimento dos colegas de Vítor exigindo sua saída. “Estamos com problemas com relação a isso. A comunidade está pressionando pelo desligamento dele, as pessoas estão com rejeição e receio natural”, afirma. Outro ponto levantado pela fonte diz respeito ao curso do agressor, que também pode pesar na decisão. “Pesará também na decisão o fato de o aluno ser da medicina e sua atitude ter sido completamente avessa aos preceitos básicos da profissão”, constata.
Maria Luiza ficou internada por oito dias no Hospital João XXIII. Ela foi atacada na garagem da casa dela, no Bairro Salgado Filho, na Região Oeste da capital. De acordo com a polícia, Maria Luiza chegava com o pai, no Bairro Salgado Filho, na Região Oeste da capital, quando foi esfaqueada por Vítor no prédio onde vive.