A doença é a inflamação da mucosa que, junto com a lágrima, protege o olho contra poeira, agressões do meio ambiente e outros fatores. Há vários tipos, entre elas viral, bacteriana, alérgica, química e tóxica – os casos mais comuns, como ocorre agora, são causados pelo adenovírus (veja quadro). “Com a mudança climática, dias mais frios e ainda chuvosos, a tendência de as pessoas ficarem mais próximas, em ônibus fechados e em casa, há maior contaminação”, explica André, destacando que o fundamental para evitar a doença é lavar bem as mãos.
O médico orienta para evitar a contaminação, que deixa os olhos muito vermelhos, lacrimejantes e com a sensação de que estão com areia. O período da doença pode chegar a 10 dias. “Em primeiro lugar, nunca fazer automedicação, devendo o paciente procurar um médico ao sintomas iniciais, a fim de se evitarem outras complicações”, esclarece. Outras medidas importantes para afastar o contágio são: nunca compartilhar roupas de cama, toalhas etc., não usar lentes de contato de outras pessoas e lenços de pano, preferindo os de papel e, portanto, descartáveis, jamais apelar para fórmulas caseiras, caso de água de arruda, leite materno e suco de limão, ou colírios sem receita médica. “O vírus não ‘pula’ de um olho para outro. É preciso haver contato entre as pessoas, daí a necessidade de medidas higiênicas”, destaca o oftalmologista.
Higiene
Em março, foram notificados 1.380 casos de conjuntivite em Minas, sendo 530 na Região Metropolitana de Belo Horizonte; 177 em Varginha, no Sul; 303 em Ubá e 252 em Ponte Nova, ambos na Zona da Mata; e 98 em Barbacena, no Campo das Vertentes. Segundo a coordenadora de Oftalmologia Social da Secretaria de Estado da Saúde, Karen Brock, esta é a primeira vez que o levantamento é feito, já que a conjuntivite não é de notificação obrigatória.