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Estado de Minas

Minas fecha o cerco à dengue tipo 4


postado em 05/04/2011 06:00 / atualizado em 05/04/2011 06:58

Minas ainda não registrou nenhum caso de dengue do tipo 4, informou ontem o superintendente de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Francisco Lemos. “Não há histórico do vírus no estado, que já tem registro dos tipos 1, 2 e 3”, explicou. Mesmo assim, o sorotipo ronda o território mineiro desde o ano passado, quando ressurgiu nas regiões Norte e Nordeste do país depois de 20 anos sem aparecer no Brasil. Neste ano, duas irmãs, de 21 e 22 anos, foram contaminadas em Niterói (RJ). O diagnóstico é considerado por infectologistas um marco preocupante do avanço das variações da doença e, a chegada ao sudeste, é um sinal de que o vírus está viajando.

Ontem, a Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo informou a contaminação pelo vírus 4 de uma moradora de São José do Rio Preto, que já está curada. A paciente não tinha histórico de viagens recentes, o que aponta para possível transmissão autóctone (dentro do próprio estado). Até hoje, São Paulo tinha verificado apenas a transmissão dos vírus dos tipos 1, 2 e 3. A chegada do novo vírus pode levar a uma nova epidemia, pois a população não tem imunidade a esse subtipo

A secretaria ressaltou que os sintomas da dengue são os mesmos para os quatro tipos de vírus: febre alta, dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição, enjoos, vômitos e manchas vermelhas na pele, acompanhadas ou não de dores abdominais e sangramentos espontâneos. As autoridades recomendam aos pacientes com esses sintomas que não tomem remédios por conta própria e que procurem orientação médica. (GW)


HISTÓRICO
•Há referências de dengue no Brasil desde o século 19. Há relatos casos em 1916, em São Paulo e, em 1923, em Niterói (RJ). A primeira epidemia, documentada ocorreu em 1981-1982, em Boa Vista, causada pelos tipos 1 e 4.

•Em 1986, houve epidemias no Rio e algumas capitais do Nordeste. Desde então, a dengue ocorre de forma contínua, intercalando-se com epidemias, geralmente associadas a dois fatores: introdução de novos sorotipos em áreas onde eles não circulavam; e mudança do tipo de vírus predominante.

• Em 2010, um novo recorde de dengue assolou o Brasil. Com a volta do sorotipo 1, foram três tipos de vírus circulando, 1,2 e 3.

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