Dupla armada invade prédio da UFMG, ataca quatro alunos e leva notebooks

Dois assaltantes invadiram o prédio do Instituto de Ciências Exatas (Icex) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) no início da noite de segunda-feira e surpreenderam quatro integrantes do doutorado de física que estavam em um dos gabinetes de estudo. Os bandidos, um deles armado, levaram três notebooks, quatro celulares, uma mochila, carteiras e cartões bancários. Apesar do susto, ninguém foi ferido na ação. Câmeras poderão identificar os responsáveis, que não usavam máscaras.

Por volta das 18h, os criminosos entraram discretamente em uma das 16 áreas de estudo do Departamento de Física destinados a doutorandos. Enquanto um deles foi em direção aos quatro alunos, três mulheres e um homem, o outro se encarregou de ficar na porta e trancá-la. “Eu pensei que fosse brincadeira de alguém. Eles chegaram falando num tom de voz normal e mandaram todos ficarem quietos e se deitarem”, relembra uma das vítimas.

Agitados, os criminosos ficaram cerca de cinco minutos no local. Quando saíram, trancaram a sala pelo lado de fora. “Eles foram silenciosos, pois as pessoas nos outros gabinetes não escutaram nada”, observa um dos estudantes.
O aluno está há quatro anos na UFMG e em fase final do doutorado. Segundo relatou, foi a primeira vez que se deparou com tal violência no câmpus da Pampulha. “Estávamos trabalhando, estudando. Essa insegurança nos faz perguntar a que ponto a coisa chegou”, desabafa.

Ele considera que o controle de entrada e saída de pessoas na universidade tem de ser aprimorado – 55 mil pessoas passam diariamente por lá. Somente das 12h de sábado à manhã de segunda-feira é necessário fornecer o nome na entrada do prédio do Icex.

A UFMG informou que os assaltantes serão identificados por meio do sistema de câmeras do prédio. Além disso, a instituição considera que o índice de assaltos no câmpus é baixo, quando comparado ao de Belo Horizonte. A universidade comunica que emprega cerca de 500 pessoas para a prevenção da violência e que o objetivo é proteger professores, estudantes e todo o patrimônio público. A UFMG adiantou que novas medidas de segurança estão sendo discutidas, como a ampliação do sistema de vídeo.

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