A investigação da denúncia de formação de cartel por indústrias farmacêuticas, comandado pelo presidente da Hipolabor, Ildeu de Oliveira Magalhães, e seu sócio, Renato Alves da Silva, ainda pode resultar na prisão de outros envolvidos no esquema, segundo o promotor Renato Froes, de Defesa da Ordem Econômica e Tributária do Ministério Público Estadual (MPE)Dois farmacêuticos que trabalham no grupo industrial foram encaminhados à Polícia Civil para averiguações“Investigamos mais seis ou sete empresas do ramo e a participação de sócios do Ildeu em cada umaSão laboratórios e distribuidores de medicamentos de Minas, São Paulo, Goiás e Nordeste do paísOs nomes das empresas são mantidos sob segredo de Justiça”, disse.
Como a denúncia inclui empresas de fora de Minas, o Ministério da Justiça faz uma investigação paralela à do MPEA secretária de Direito Econômico do ministério, Ana Maria Melo Netto, esteve ontem em Belo Horizonte para acompanhar a Operação PanaceiaSegundo ela, as empresas que fazem parte do cartel criavam estratégias para combinar qual ofereceria o menor preço em licitações públicas, se tornando a vencedora dos pregõesCom a combinação, o valor dos medicamentos era superfaturado em 20%“A comunicação era por meio de e-mails, mensagens de texto e pessoas foram flagradas em ligações feitas no momento das licitações”, disse a secretária.
O promotor Christiano Leonardo Gonzaga Gomes, da comarca de Sabará, que recebeu as primeiras denúncias contra a Hipolabor, afirmou que pessoas que fazem parte do cartel têm grande influência dentro de prefeituras de Minas, São Paulo e Espírito Santo, o que facilita a ação do grupoDe acordo com Renato Froes, foram identificadas fraudes contra licitações abertas pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas“Não identificamos envolvimento de servidores públicos no esquema”, disse