Na tentativa de provar na Justiça que o Hospital São João de Deus, de Santa Luzia, Grande BH, não tem responsabilidade nas mortes de duas pacientes que, em 2006, teriam sido vítimas de medicamento do Hipolabor, o advogado da instituição, Mário de Souza Aguirre, vai à Justiça tentar anular decisão que beneficiou o laboratório. “Vamos intervir na ação pela qual a empresa conseguiu vetar a publicação do resultados das análises que comprovaram a contaminação do anestésico Tradinol Pesado (cloridrato de bupivacaína), aplicado nas duas pacientes que faleceram após cirurgias no hospital”, afirmou Aguirre.
O acompanhamento do representante do laboratório será comprovado, segundo Aguirre, com a apresentação das atas que contêm as assinaturas dos presentes em todas as etapas das análises. “O Hipolabor está agindo de má-fé. Eles mentiram em juízo”, acusou. Após a morte das pacientes Zélia Pereira Eupídio e Jenicleide da Silva Santos, em 2006, o hospital entrou com uma ação na Justiça exigindo do laboratório reparação de danos materiais no valor de R$ 500 mil e ainda indenização por danos morais, com valor a ser arbitrado pelo juiz.