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Estado de Minas

Massacre de gatos revolta universitários


16/04/2011 06:00 - atualizado 16/04/2011 07:12

'É um absurdo o que houve. Eles não fazem mal a ninguém', Clarice de Oliveira, aluna de comunicação social
"É um absurdo o que houve. Eles não fazem mal a ninguém", Clarice de Oliveira, aluna de comunicação social (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)

 

O caso dos 14 gatinhos é assunto nas rodas de quem trabalha ou estuda na Fafich e até ganhou apelidos curiosos, como “O massacre dos gatos da Fafich” , “Gaticídio” ou até “Watergato”. Os alunos do curso de letras Henrique Barros, 19, Márcio Leite, de 18 anos, e Antônio Amaral, 22 anos, ficaram assustados com o ocorrido com os bichos e dizem não se importar de conviver com os felinos na faculdade. “Volta e meia acontece alguma coisas com os gatos aqui. Para mim, eles foram envenenados porque tem muita gente por aqui que não gosta deles”, acredita Márcio. Outra que ficou consternada com o episódio foi a aluna da comunicação social Clarice de Oliveira, de 21. Fã dos bichanos, ela espera que o caso seja apurado o mais rápido possível. “É um absurdo o que houve. Eles não fazem mal a ninguém”, lamenta.

O gerente da cantina da Fafich, Charles Domingo, enfrenta problemas com a população de felinos na faculdade e diz que não faz a menor ideia do que possa ter ocorrido com eles. "Para quem mexe no ramo da alimentação, não é recomendável ter gatos por perto. Todo dia tenho reclamações de gente aqui na cantina com relação a isso. Sinceramente, não imagino o que provocou as mortes”, afirma. O porteiro Milton Thiago, que trabalha pela manhã, revela que nenhum dos seus colegas, inclusive os da noite, viu algo relacionado ao episódio e que chegou a encontrar alguns animais mortos. “A Fafich tem muito gato, mais até do que no Parque Municipal. Gato a gente ama ou odeia. Mas prefiro ficar indiferente, não me envolvo com eles. Cheguei a encontrar alguns mortos, mas eles não tinham sinais de violência. Acontece de alguns ficarem doentes mesmo. Tem muito gato velho por aqui, mas ainda é um mistério”, frisa.

Inovação

Os gatos sempre estiveram presente no câmpus e na Fafich acabaram se integrando à comunidade acadêmica, mesmo provocando, ao mesmo tempo, repulsa e carinho. Há oito anos foi criada a Comissão de Controle de Zoonose, encarregada do controle da população felina na área da Fafich. E, desde 2008, ela desenvolve um projeto para tentar resolver a questão.

Por meio de parcerias com ONGs, associações, petshops e clínicas veterinárias, a comissão encaminha os animais para adoção. Cerca de 150 já foram adotados e hoje cerca de 25a 30 ainda vivem na faculdade. “É um trabalho de formiguinha. A gente prepara o animal para ele ser adotado. A ideia é pulverizar essa iniciativa pelo câmpus”, explica o vice-diretor da Fafich, Mauro Lúcio Conde. Os gatos que estão disponíveis para adoção têm sua foto no blogattos.blogspot.com.

ADOÇÃO Um grupo de voluntários do programa Adoção BH firmou parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte, por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), e vai iniciar em maio um programa de adoção dos animais na cidade, para controlar a população de cães e gatos. A intenção é combater o abandono e a reprodução desenfreada, já que estima-se que há 30 mil animais abandonados nas ruas da capital. Os interessados em participar podem entrar em contato pelo email: adocaobh@gmail ou acessar o site https://adocaobh.blogspot.com


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