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Estado de Minas

Ponte sobre Rio das Velhas tem histórico de remendos


postado em 27/04/2011 06:00 / atualizado em 27/04/2011 07:07

Ponte condenada, que foi projetada para receber 500 veículos/dia e atualmente operava com 50 mil, será trocada por estrutura de concreto e metal(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Ponte condenada, que foi projetada para receber 500 veículos/dia e atualmente operava com 50 mil, será trocada por estrutura de concreto e metal (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Construída há mais de cinco décadas, a ponte sobre o Rio das Velhas, na BR-381, apresenta histórico de problemas estruturais. A interdição da construção às vésperas do feriado de semana santa é o ápice de uma série de problemas. Por três vezes o governo federal precisou fazer reparos na estrutura, mas, segundo o Dnit, em fevereiro, empresa de consultoria avaliou que a obra de arte estava em condições de continuar a receber tráfego, inclusive os caminhões pesos-pesados que diariamente cortam a Rodovia da Morte.

Na época da construção, a BR-381 estava apta a receber até 500 veículos por dia e a capacidade de transporte dos caminhões era muitas vezes menor. Atualmente, o fluxo no trecho é 100 vezes maior: de acordo com o Dnit, são 50 mil veículos ao dia. E parte considerável é formada por caminhões levando dezenas de toneladas de carga, o que compromete a condição do asfalto e, no caso das obras de arte, sua estrutura de sustentação.

Faltando dois anos para completar o trigésimo aniversário, em 1985, a ponte apresentou o primeiro problema mais sério. Por causa do desassoreamento do Rio das Velhas, a água baixou cerca de seis metros e, por isso, foi preciso reforçar a fundação, evitando que a estrutura sofresse com trepidações. Passados 10 anos, novo comprometimento obrigou a contratação de empresa para instalar cabos sob a estrutura, para garantir estabilidade. Depois de mais quatro anos, em 1999, a exposição de ferragens mostrava mais uma vez a condição precária da ponte.

De lá para cá, segundo o Dnit, eram feitas vistorias periódicas para avaliar, entre outros itens, a condição da estrutura. A última inspeção foi feita em fevereiro e a empresa deu aval para que o tráfego fosse mantido, apesar de prever a necessidade de intervenções na obra de arte durante o processo de duplicação da rodovia, previsto para começar naquele trecho ainda este ano. “Não detectaram nada grave. Nenhum problema aparente”, diz o superintendente do Dnit em Minas, Sebastião Donizete. Dois meses depois da vistoria, na quarta-feira passada, a ponte cedeu. (PRF)


Confira o cronograma de promessas


Até 2 de maio

O Exército dá início à instalação das duas pontes metálicas provisórias para passagem de veículos no período de construção da obra definitiva (providência ainda sob estudos)

3 de maio

Assinatura do contrato emergencial com a empreiteira escolhida para execução das obras da nova ponte

4 de maio

Início dos trabalhos de demolição da atual ponte, remoção dos escombros e, simultaneamente, construção de passarela

8 de maio

Desativação da passarela flutuante criada pelo Exército e início da operação da passagem metálica definitiva

Primeira quinzena de maio

Liberação do tráfego para veículos nas duas pontes metálicas provisórias instaladas ao lado da estrutura danificada (providência ainda sob estudos)

23 de maio

Início das obras de fundação da nova ponte. A intervenção pode durar até a primeira quinzena de novembro


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