De acordo com o promotor, a suspensão prejudica o andamento das investigações“Estávamos em uma fase de coleta de depoimentosConseguimos conversar com funcionários e várias pessoas envolvidasMuita gente até procurou o ministério público para passar informações, mas com a paralisação não sabemos se isso vai continuar”, lamenta Renato Froes.
O desembargador aceitou o pedido da defesa em caráter liminarPor isso, outros dois desembargadores ainda vão julgar o mérito“Não queremos esperar esse julgamento, pois isso poder trazer um prejuízo irreparável”, afirma o promotorDe acordo com o TJMG o embargo declaratório já está com o relator e a decisão pode sair a qualquer momento
Operação Panaceia
As investigações sobre o funcionamento e atuação da Hipolabor tiveram início em novembro de 2009, quando o MPE começou a apurar denúncias de que os remédios produzidos pela indústria farmacêutica estariam matando pacientesForam comprovadas as mortes de dois pacientes que usaram remédios falsificados e adulterados – anestésicos, analgésicos e anticoagulanteHá outras que estão sendo investigadas, entre elas uma no Espírito Santo.
O MPE encontrou indícios de que relacionam os dois sócios tiveram “enriquecimento vertiginoso” com um esquema de falsificação praticado desde 2000Ildeu e Renato também são acusados de lavagem do dinheiro arrecadado com a falsificação de medicamentos e sonegação fiscalO prejuízo ao fisco estadual causado pela empresa nos últimos 10 anos é estimado em R$ 600 milhões, segundo o promotor Christiano Leonardo Gonzaga Gomes, da comarca de Sabará, na Grande BH, onde fica a sede da indústria