De acordo com o Ministério Público de Roraima, as crianças fizeram uso dos medicamentos Glicose A 50 % e Água Destilada, ambos fabricados pela HipolaborSegundo os boletins de análise, os materiais foram considerados “insatisfatório em relação ao aspecto” e “ao ensaio de endotoxina bacteriana”Profissionais do Programa de Infeccção Hospitalar do CDC Atlanta(Controle de Prevenção de Doenças) da Georgia, nos Estado s Unidos, também estiveram no local em 1996, e apontaram a presença de endotoxina em medicamentos produzidos pelo laboratório.
O proprietário da empresa, Ildeu de Oliveira Magalhães, e mais duas pessoas, Elza Maria Magalhães, e Virginia Arantes Neves de Magalhães, foram denunciados por homicídio.
Operação Panaceia
Ildeu é acusado de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, formação de cartel para fraude de licitações e adulteração de medicamentosEle foi preso durante a Operação Panaceia (remédio contra todos os males), encabeçada pelo Ministério Público Estadual (MPE)
As investigações sobre o funcionamento e atuação da Hipolabor tiveram início em novembro de 2009, quando o MPE começou a apurar denúncias de que os remédios produzidos pela indústria farmacêutica estariam matando pacientesForam comprovadas as mortes de dois pacientes que usaram remédios falsificados e adulterados – anestésicos, analgésicos e anticoagulanteHá outras que estão sendo investigadas, entre elas uma no Espírito Santo.
O MPE encontrou indícios de que relacionam os dois sócios tiveram “enriquecimento vertiginoso” com um esquema de falsificação praticado desde 2000Ildeu e Renato também são acusados de lavagem do dinheiro arrecadado com a falsificação de medicamentos e sonegação fiscal