As pontes metálicas provisórias que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) pretende instalar sobre o Rio das Velhas só têm capacidade para 40% do fluxo da BR-381, por onde passam 50 mil veículos por dia. Em estradas menos movimentadas, engarrafamentos se tornaram rotineiros em vista das limitações da travessia improvisada, que só comporta 10 mil veículos/dia. E o Exército precisa avaliá-la diariamente, com a interrupção do tráfego por meia hora. “A ponte atende precariamente a necessidade, mas é melhor com ela do que sem”, diz o comandante da 39ª Companhia da Polícia Militar de Goiás, major José Roberto Porfírio, chefe do policiamento de Itaberaí (GO), onde, em janeiro, uma ponte caiu na rodovia GO-070 e o Dnit instalou a primeira estrutura metálica temporária.
Um problema em Goiás é que o Exército precisa monitorar diariamente a estrutura. Para isso, o tráfego é interrompido todas as tardes por 30 minutos. Enquanto isso, filas de caminhões e carros se formam ao lado da travessia. Se o mesmo ocorrer na BR-381, as filas serão bem mais consideráveis. Em feriados, os congestionamentos ultrapassaram a 10 quilômetros. Em Goiás, só é usada uma ponte e, como ela só tem capacidade para receber veículos num sentido, é preciso que um operador de pare e siga oriente os motoristas. O mesmo não deve ocorrer em Minas, onde a previsão é que sejam instaladas duas pontes.