Segundo relatos da comunidade em torno da Praça da Estação, a droga é consumida em vários pontos, o dia inteiroLevada à discussão no Conselho Municipal de Segurança Pública do 1º Batalhão da Polícia Militar, a situação só melhorou com a reabertura do Parque Municipal, no início do mês“Tem grito, briga e tudo que se possa imaginarParei de levar meu neto para brincar na praçaDepois da reforma (em 2007), ali era um lugar tranquilo, mas voltou a ficar perigosoTambém há pessoas que tomam banho e lavam roupas nas fontes
Trabalhando nos arredores da praça desde 1980, o empresário Antônio Eustáquio dos Santos, de 51, avalia a presença dos viciados como um retrocesso“A praça é um lugar tão aprazível e essa situação não pode se instalar, pois causa um sentimento de insegurança e abandonoSerá que, com tantas câmeras, a polícia não consegue ver isso? Há uma falha total no policiamento”, afirma Antônio Eustáquio, subsíndico do Edifício Central, explicando que os consumidores de drogas se misturam à população de rua.
O baiano Derivaldo Bispo dos Santos, de 23, conta sua rotina na praça: “O albergue oferece café da manhã e jantaDurante o dia, eu fico aqui tomando minha cachaça e fumando minha maconhaÀs 11h, a gente toma banho na fonteMas aqui já está muito manjado, tem muita briga”, afirma.
O cenário destoa da guinada cultural em torno da Estação Central, que reúne tribos da gafieira ao soulA última reforma, em 2007, que revitalizou os jardins da Praça Rui Barbosa e os integrou à esplanada, impulsionou essa característicaA força da cultura no reduto foi reforçada ainda com a Praia da Estação, movimento criado em oposição à proibição, em 2009, de eventos na praçaO grupo estimulou o uso do espaço público nos fins de semana, transformando a praça numa verdadeira praia“Antigamente, aqui era complicado, mas depois que tamparam o (Ribeirão) Arrudas, tudo melhorou
As fontes da esplanada da Praça da Estação, em frente ao Museu de Artes e Ofícios, também atraem muitas pessoas, como os auditores Aguinaldo Martins, de 37, e Nilson Goulart, de 39, de São PauloO cobrador Ronaldo Mendes, de 39, tem o hábito de levar a família para passear na praçaA beleza do museu, no entanto, contrasta com os cães vadios que perambulam pelo local