Com o crescimento do número de mulheres, é natural que elas passem a dominar várias áreas, algumas até então exclusividade masculina, como postos na construção civil, transportes e até o comando de grandes empresas“Hoje temos, inclusive, uma presidente da República, que é de Belo HorizonteA quantidade de mulheres governando países na América Latina impressiona e era algo impensável anos atrásÉ natural que, cada vez mais, ocupem posições de poder em todos os setores”, afirma a demógrafa Paula Miranda Ribeiro, do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Um exemplo é Adriane Machado, de 43 anos, diretora de Operações da Sorvete Salada, onde a maioria dos cargos de liderança é ocupada por representantes do sexo femininoCom experiência em comando, a administradora sempre conviveu com homens no ambiente de trabalho e, há um ano, quando assumiu o atual posto, começou a enfrentar outra realidade“É uma empresa liderada 100% por mulheresAcredito que meu crescimento profissional seja fruto das habilidades femininas, como a capacidade de lidar com várias atividades simultaneamente, sensibilidade que facilita nas relações interpessoais, e de adaptação e comprometimento, porque a entrega da mulher é diferenciada em tudo na vida”, explica
A empresária Daniela Chen, proprietária fundadora da importadora Chen e de uma empresa de investimentos estrangeiros, nasceu em Taiwan, e está há 43 anos no BrasilEla revela que tem muita experiência na vida e no trabalhoDaniela percebe que o destaque da mulherada no mercado profissional é cada vez maior e está satisfeita com essa evolução
Ocupar cargos historicamente masculinos é um caminho naturalEntretanto, apesar de estudos já apontarem uma maior escolaridade média das mulheres em relação aos homens, eles continuam ganhando mais, mesmo quando ocupam o mesmo posto“Infelizmente isso ainda não se traduziu na questão salarial, mas tudo é uma evolução”, comenta a demógrafa Paula Miranda Ribeiro, do Cedeplar
Destaque
O estudante de psicologia Abel Passos, de 40, acredita que tudo tem o lado bom e o ruim e que sempre percebeu que o mundo é realmente delas“O censo só veio comprovar o que já observavaRealmente, há muito mais mulheresElas acabam se destacando em posições importantes na vida profissional, dominam áreas antes exclusivas dos homens
Se elas são maioria, o estudante de comunicação Thiago Barbosa, de 22, diz que não foi avisadoPara ele, as meninas têm um comportamento cada vez mais semelhante ao dos meninos e isso tem dificultado as relações.